Até 24 de janeiro: 1° round da luta de 2018

Reunido no final de 2017, o Dire­tório Nacional do PT (ver abaixo), diante da ação do Judiciário para inviabilizar a candidatura Lula – comprovada pelo TRF 4 ao marcar para 24 de janeiro, atropelando a fila, o julgamento do recurso de Lula – decidiu dar a largada na mobilização contra estre fraudulento processo. O plano de ação adotado culminava em 24 de janeiro, com uma grande mobilização em Porto Alegre (sede do TRF 4), além de atos nas capitais e outras cidades.

A militância reagiu de pronto

A reação dos petistas foi de orga­nizar o combate. Em todo o país, reuniões de diretórios e plenárias de militantes começaram a transformar as sedes do PT em Comitês Pró Lula e a organizar, com outras forças, os Comitês populares pela democracia e o direito de Lula ser candidato. Listas de militantes de estados mais próxi­mos (sul e sudeste), dispostos a irem a Porto Alegre começaram a ser feitas e com a confecção de camisetas, rifas e listas de contribuição, iniciaram a coleta para custear os ônibus.

Demonstração viva de que a mi­litância petista não titubeia em defender seu partido e garantir a candidatura Lula, com a consciência de hoje isto concentra a defesa dos trabalhadores e da nação, contra as investidas do governo golpista e das instituições, como o podre Judiciário.

No meio do caminho, uma confusão

O ânimo da militância com a con­signa “Rumo a Porto Alegre”, tem toda razão de ser. Não é ilusão no Judiciário, é a consciência de que é um jogo de cartas marcadas, e a vontade de gritar a todo o país, e ao mundo, que o Judiciário é o vetor da fraude para retirar Lula da disputa.

Pouco a pouco, desde a Frente Brasil Popular e da cúpula do PT co­meçou a se modificar a agenda. Até que no dia 8 de janeiro, uma reunião com centrais sindicais e movimentos sociais decidiu, sem uma explicação pública, concentrar as atividades na capital gaúcha no dia 23, tirando a centralidade do “Rumo a Porto Ale­gre”. E o 24 foi transformado em dia de atos nas capitais, com anúncio da presença de Lula em São Paulo. Um certo recuo político do confronto à farsa do Judiciário, isto causou confusão e inquietou a militância preparada para estar em Porta Alegre no dia 24.

Em qualquer caso, a disposição da militância permite construir este 1º round do combate em 2018. Nela o PT deve se apoiar e prosseguir, a par­tir de 25 de janeiro, a luta para barrar a ofensiva golpista, seja na retirada de direitos trabalhistas ou na preten­dida votação da Previdência em 19 fevereiro, seja cassando o direito da maioria do povo trabalhador votar em quem quer votar, em Lula para presidente, como mostram Carava­nas e as pesquisas.

Misa Boito

SOBRE AS RESOLUÇÕES DO DN-PT

O DN-PT (15/16 dezembro), além da resolução de conjuntura, reafirmando a perspectiva de um governo Lula, com Constituinte, e o plano de ação, adotou uma resolução eleitoral.

À véspera do DN, o presidente do PT Alagoas, Ricardo Barbosa, em nota, punha fim a qualquer discussão para o PT voltar ao governo de Renan Filho (PMDB). A campanha contra a decisão do DR-AL de retornar ao governo estadual, para a qual concorreu decididamente o Diálogo e Ação Petista, ajudou a interromper este desastre. Mas, a questão das alianças não está resolvida. A decisão do 6º Congresso do PT estabelece uma política de alian­ças com setores “anti-imperialistas, antimonopolistas e antilatifundiários” mas, permanece a pressão para repetir a política anterior. No DN isto se manifestou na tentativa de deixar a “rédea solta”, sem menção à questão. A emenda que repunha o sentido geral da decisão do 6º Congresso ao dizer que “o núcleo central de nossas alianças os partidos e personalidades que combateram e votaram contra o golpe, que combateram e votaram contra as medidas golpistas, que defendem a revogação das medidas dos golpistas”, foi combatida por alguns dirigentes da CNB. Na votação estes dirigentes obtiveram quatro votos e a emenda foi adotada. Mas o problema está longe de ser resolvido, como mostra o texto adotado.

O DN decidiu adiar para 2019 o plebiscito sobre o PED decidido no 6º Con­gresso, medida necessária para concentrar toda energia do partido na luta da classe trabalhadora, e confirmou o Congresso da Juventude PT para 2018.

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