Escória bolsonarista ataca o povo negro

A retirada das biografias de Zumbi, Carolina de Jesus e André Rebouças do site da Fundação Palmares e as falas racistas do seu presidente Sérgio Camargo foram alvos de protestos do Movimento Negro, PT e sindicatos. Camargo coleciona polêmicas: afirmou que a “escravidão foi benéfica“, chamou o movimento negro de “escória” e associou o Rap ao crime, dentre outros absurdos.

Ao atacar o povo negro à frente da fundação que deveria promover e preservar sua história ele age, no fundo, como um “capitão do mato” aplicando a política assassina do governo Bolsonaro.

Enquanto o índice de homicídios cometidos pela polícia aumenta durante a pandemia, o presidente da fundação nega a luta dos antepassados da nação. Não se pode apagar esta história, como já diz os Racionais MC’s, “o negro sem orgulho é fraco e infeliz/ Como uma grande árvore que não tem raiz”.

Este governo só tem a morte para oferecer ao povo negro. Não toma medidas face ao coronavírus – faltam leitos e hospitais, testes, programas sociais – e incentiva mais violência. O povo negro é atingido pela fome ou pela bala da polícia.

Vendaval contra o racismo
Vem das ruas um vendaval de indignação do povo negro que encurrala o sistema capitalista desde os Estados Unidos. A raiva explode nas ruas derrubando estátuas de traficantes de escravos e genocidas ao redor do mundo. No Brasil, a retomada das ruas manda um recado ao presidente da Fundação Zumbi dos Palmares de que não vai abandonar os símbolos e conquistas das lutas do povo negro do Brasil. Além de tentar matar os negros, querem apagar sua história. Mas, as manifestações antirracistas que acontecem mostram que, também aqui, “não conseguimos respirar” e há uma resistência.

É o que expressa cartazes que dizem: “foram nos matar em casa, por isso estamos nas ruas”. É a voz daqueles que não tem condições de garantir nem distanciamento, quem dirá isolamento social.

É importante reforçar esse movimento de retorno organizado às ruas para dar um basta ao genocídio da juventude negra, para dar um fim ao governo que retira direitos, aumenta o desemprego onde os negros são os mais atingidos. Como dizia Steve Biko, “capitalismo e racismo são duas faces da mesma moeda”, e este governo é a tentativa desesperada do 1% da população de salvar este sistema que está podre.

Derrubar este governo é mais uma batalha para o povo negro ao lado dos trabalhadores e suas organizações.

Matheus Mascarenhas

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