No Rio de Janeiro, ato nacional defende empresas públicas

Neste dia 3 de outubro, em comemoração aos 64 anos da Petrobras, maior empresa pública do país, aconteceu, na cidade do Rio de Janeiro, o ato em defesa das empresas públicas. Com a presença de Lula, o ato contou com a participação de 10 mil manifestantes, militantes de movimentos sindicais e sociais.

A CUT, presença majoritária, mobilizou diferentes categorias, com destaque para os petroleiros e os eletricitários. A CTB também esteve presente, além da UNE, MST, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e uma delegação de trabalhadores da Casa da Moeda. Funcionários da Cedae, empresa pública de águas e esgoto do estado do Rio, que está para ser privatizada pelo ajuste fiscal de Temer-Pezão, levaram bandeiras e cartazes em defesa dos empregos, contra a venda da estatal. Professores da rede pública, antes de se integrarem ao ato, fizeram manifestações diante da prefeitura para exigir de Marcelo Crivella (PRB) melhores condições de trabalho e fim do racionamento o lanche nas escolas.

Resistência contra a privataria golpista
Este ato tem importância neste cenário de ataque dos golpistas contra o patrimônio público e a soberania nacional. O ministro de Minas e Energia (MME), Fernando Coelho Filho, disse que o governo quer decidir o modo de venda da Eletrobras até meados de outubro. Louco para mostrar serviço ao imperialismo, Paulo Pedrosa, secretário do MME, disse que o “leilão mostra a atividade do país no cenário internacional” (O Globo, 27/09).

Deputados da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, do Congresso Nacional, como Patrus Ananias (PT/MG), Celso Pancera (PMDB-RJ) e Wadih Damous marcaram presença no ato, além de deputados do PCdoB, PSOL e PDT. Vagner Freitas (CUT) disse que “precisamos revogar as medidas dos golpistas” e que “eleição sem Lula é fraude”. João Paulo Rodrigues (MST) falou pela FBP e saiu na defesa de Lula: “é preciso defender Lula contra o partido da Lava Jato. Avisa o Moro que mexeu com Lula, mexeu com o povo”.

Defesa da soberania e dos direitos
Lula fechou o ato com discurso de defesa das estatais: “é preciso dizer aos que estão vendendo o Brasil que não é possível abdicar da Petrobras, da Eletrobras, do BNDES, da Casa da Moeda e da Caixa Econômica Federal”. E disse: “A Petrobras não é só indústria de petróleo, é instrumento de desenvolvimento. Foi o investimento em ciência e tecnologia que nos permitiu buscar petróleo a sete mil metros na maior descoberta do século”.

Lula criticou a reforma trabalhista: “os empresários de Nova York acham que os golpistas fizeram pouco com essa reforma trabalhista, querem que voltemos à escravidão, mas nós não vamos voltar” e disse ainda: “a violência não está na Rocinha, está na elite deste país”. Lula também afirmou: “quando eu voltar à presidência, vou fazer a democratização dos meios de comunicação” e arrematou: “o povo vai voltar a governar este país”.

Além do Rio, aconteceram manifestações em defesa das estatais e contra as reformas dos golpistas em Belém, Brasília, São Paulo e Florianópolis.

Francine Iegelski

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