O momento é grave, é hora de mudar a política!

Dilma deve buscar apoio na base social que a reelegeu.

Enquanto é tempo, é hora de Dilma livra-se desse infeliz plano Levy que retira dinheiro dos serviços públicos e direitos dos trabalhadores, como as Medidas Provisórias 664 e 665, para engordar os banqueiros através do superávit fiscal primário.

O momento é grave. Os derrotados nas urnas estão à vontade e até mesmo revigorados. Agem para desestabilizar o governo reeleito há quatro meses, e impor o programa rejeitado pela maioria do povo.

Eles contam com a atitude decisiva das mãos do imperialismo que os move como marionetes na sua investida para recuperar todos os meios necessários de colocar a nação de joelhos à pilhagem que a crise do capitalismo exige.

Mas, eles contam também – e aqui reside a principal tragédia da situação – em poder minar de dentro do próprio governo as condições para que a base social que o elegeu avance nas conquistas sociais. Esse é o lugar do Plano Levy. Enquanto as urnas pediram mudanças em favor do povo, Levy conduz o ajuste e as mudanças contra o a maioria do povo!

Está mais que certa a CUT, cuja base foi das mais decisivas para garantir o quarto mandato ao PT, de corresponder aos interesses de sua base – os trabalhadores – e chamar o dia 13 de março em defesa dos direitos, contra as Medidas Provisórias (MP’s) 664 e 665, pela Reforma Política através de uma Constituinte e em defesa da Petrobras. É isso que corresponde ao mandato dado ao PT!

Nenhuma vacilação é possível nessa hora. Todos que se dizem a favor da democracia, portanto do mandato popular conquistado nas urnas, devem estar nas ruas, com a CUT em 13 de março.

É força que os trabalhadores vêm demonstrando na sua luta direta através de suas organizações, nas mobilizações e greves que já marcam o cenário político desse ano E é essa mesma força a única capaz de fazer frente à investida pró-imperialista abertamente em curso no país.

Até onde será capaz de ir o PSDB (que apoia mobilização pró impeachment), Cunha (o presidente do Congresso mais reacionário desde 1964) e Sérgio Moro (o manipulador da operação para destruir a Petrobras) é a luta de classe que vai definir.

Mas, a cada um, sua responsabilidade! A história não está escrita; os trabalhadores não estão derrotados.

O governo tem responsabilidade. Não é do PMDB que Dilma deve buscar apoio, é da base social que a elegeu que ela terá apoio, se corresponder aos anseios da maioria que lhe deu a vitória.

A direção do PT tem responsabilidade. A classe trabalhadora construiu o partido para defender seus interesses. Não é possível aceitar que um partido dos trabalhadores apoie as MP’s que retiram direitos, como decidiu a Executiva Nacional do PT em 26 de fevereiro, e por isso mesmo se omitiu sobre a manifestação de 13 de março.

Se a cúpula do PT, acuada diante da investida age assim, os petistas não! Eles estão nas greves e mobilizações.

A quem duvide da capacidade dos trabalhadores, que escolheram nas eleições presidenciais o melhor terreno para prosseguir sua luta, o dia 13 de março deve dar uma primeira resposta.

O Diálogo e Ação Petista, e com ele os militantes da Corrente O Trabalho, está empenhado em ajudar nos próximos dias a fazer do dia 13 um grande dia de luta para dizer ao governo: é hora de mudar a política! Com a confiança de que quem foi capaz de impor uma derrota à política pró-imperialista nas urnas, será capaz de, apoiando-se em suas organizações, impor uma política para fazer avançar as conquistas sociais no Brasil e a soberania da nação.

Todos ao dia 13!

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