Professores paulistas em greve exigem negociação

Movimento cresce e conta com apoio de associações de pais, alunos e artistas

Em São Paulo a greve deflagrada pela Apeoesp em 13 de março já ultrapassa um mês. O movimento toma conta das ruas e até de rodovias com dezenas de milhares de manifestantes.

O governo Alckmin (PSDB) ataca a greve como ação de uma “minoria” enquanto o movimento aumenta semana a semana. A Secretaria da Educação tenta reunir-se com entidades que não participam da greve para confundir os professores com negociações que não levam a lugar nenhum.

A assembleia de 10 de abril desdobrou-se numa passeata até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, mas Alckmin não recebeu os grevistas. A passeata continuou até a sede da Rede Globo para denunciar a “cobertura” que esta faz da greve.

Os apoios à greve aumentam com moções de apoio de vários sindicatos, da CUT e da CNTE, associações de pais, de alunos além de artistas, cantores e torcidas de futebol, fazendo coro com a exigência de abertura das negociações. Alckmin segue a linha de seu decreto 61132/15 que proibiu novos concursos e qualquer aumento de “despesas com pessoal”.

O governo agendou reunião com a Apeoesp para 23 de abril. Até lá é reforçar a greve com atividades nas sub sedes. É necessário o reforço dos comandos de greve para visitar escolas e garantir a manutenção da greve e forçar o governo a atender as reivindicações.

Fundo de greve

Nessa situação, organizar o fundo de greve é uma tarefa central, buscando a solidariedade do movimento sindical e popular.

O problema é a divisão patrocinada por setores da “oposição”. Em especial CSP-Conlutas, que propõe que a Apeoesp deixe de pagar sua mensalidade à CUT usando como pretexto que esse dinheiro deve ir para o fundo de greve! O que buscam, nos fatos, é enfraquecer a entidade e a direção da greve, jogando trabalhador contra trabalhador.

Sim, pois a CUT vem jogando um papel importante na greve, inclusive com apoio financeiro. É preciso rejeitar mais essa provocação da Conlutas, cujo divisionismo só joga água no moinho de Alckmin ao tentar dividir os professores com esse tipo de discussão.

Todo apoio à unidade dos professores e à greve liderada pela Apeoesp!

João B. Gomes

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