As instituições que sustentam o golpe querem atacar os trabalhadores e a nação
A cada dia, a cada gesto, a cada ação e anúncio do governo golpista, fica clara a urgência de barrar o programa do golpe que visa o desmantelamento dos direitos trabalhistas e a entrega das nossas riquezas ao capital financeiro.
Não é por outra razão que o governo estadunidense, depois de brindar com os golpistas na abertura da Olimpíada do Rio, declare através de seu vice-presidente, Joe Biden, que “os Estados Unidos vão continuar a trabalhar de modo próximo com presidente Temer, enquanto o governo do Brasil enfrenta desafios urgentes”.
Os “desafios urgentes”, para o imperialismo, estão inscritos na “Ponte para o futuro”, o programa do golpe.
O governo dos EUA e os governos subalternos, os porta-vozes das multinacionais e as podres instituições brasileiras buscam dar sustentação a Temer e exigem as medidas prometidas.
Mas, a cada dia fica mais evidente também, o crescimento do sentimento que se expressa nas manifestações de rua, em eventos culturais e artísticos, em assembleias dos bancários, em campanha salarial, que decretaram a greve: Fora Temer! Diretas já!
Uma exigência que recoloca na ordem do dia a luta contra as instituições que estão aí para subjugar o país aos interesses imperialistas. “Com esse Congresso não dá”, já disseram as ruas em 2013. Não dá mesmo!
A cassação de Eduardo Cunha que comandou o golpe do impeachment não muda em nada a natureza desse Congresso. É preciso fazer a reforma política, através de uma Constituinte Soberana, para pôr abaixo as instituições que sustentaram o golpe e se preparam para concretizar as medidas anti-operárias e antinacionais, inscritas no programa golpista.
A preparação da greve geral por nenhum direito a menos, proposta pela CUT e apoiada por outra centrais sindicais, é a principal alavanca para barrar a ofensiva contra os direitos trabalhistas, contra a reforma da previdência, contra a destruição da saúde e educação públicas e contra a entrega do Pré-Sal.
“Sim à greve; nenhum direito a menos”! É a disposição que a base de categorias dos trabalhadores vem mostrando em assembleias e consultas realizadas. Nos próximos oito dias todo militante sindical tem uma só tarefa: preparar a o dia nacional de paralisação, rumo a greve geral por nenhum direito a menos.
O 22 de setembro tem tudo para ser um verdadeiro “esquenta” para a greve geral. É hora dos sindicatos intensificarem a consulta à base como fator de mobilização e convocar assembleias para aprovar e organizar a paralisação do dia 22.
Mas a preparação do dia 22 não é tarefa exclusiva dos sindicalistas. Ela deve contar com o apoio das organizações estudantis e da juventude. Deve contar com o apoio, notadamente, dos partidos que estão contra o golpe.
Em particular, as campanhas dos candidatos petistas nas eleições municipais estão chamadas a ser um vetor de mobilização e aglutinação na luta contra o golpe e em defesa do PT.
O PT, cuja destruição é peça chave da ofensiva imperialista, não pode titubear. Recuperando a tradição de um partido que nasceu como instrumento de luta dos trabalhadores, é hora de superar todos os vestígios da política que buscou conciliação com as atuais instituições e os inimigos da nossa classe, superar a crise e se reconstruir como um partido dos trabalhadores.
É para o que nos dispomos, com o Diálogo e Ação Petista, ampliando, com todos os petistas que querem resistir, a discussão “Pela Reconstrução do PT” e desenvolvendo a ação junto à luta dos trabalhadores.
Toda a força no dia 22 de setembro, rumo à greve geral, nenhum direito a menos!