Presidente da Colômbia chama a mobilização pelas reformas, compromissos de sua campanha
Em 27 de setembro, o povo colombiano compareceu massivamente ao chamado do presidente Gustavo Petro para defender as reformas sociais contidas nos projetos de lei apresentados ao Congresso colombiano. Mais de 20.000 indígenas dos povos que sofrem massacre desde a invasão espanhola até os dias de hoje, vieram a Bogotá demonstrando que sobrevivem e lutam em quase todos os departamentos do território nacional.
Um dos oradores dos povos indígenas declarou: “Nossa luta é pela vida, pela paz e pela reforma agrária, por isso viemos respaldar as reformas apresentadas pelo governo”
Eles juntaram-se aos mais de 100.000 jovens, sindicalistas, trabalhadores e trabalhadoras, camponeses e camponesas, mulheres, comunidades afrodescentes, estudantes, população LGBTIQ+, organizações sociais, grupos de teatro e música e empobrecidos e excluídos que serão os mais beneficiados pelas reformas trabalhista (para dar direito aos trabalhadores), da aposentadoria (para dar pensão digna), da saúde e educação (como direitos de todos). Propostas de reformas às quais o Congresso se opõe.
Dia 27 de setembro, nas palavras do presidente, foi uma enorme mobilização em Bogotá e em mais de 100 municípios, uma demonstração de força e apoio às reformas democráticas.
Em seu discurso na Praça de Bolívar Petro disse que sem mobilização não haverá reformas e que “o objetivo da mobilização é pela vida e pelo planeta” e que para isso “a mudança é fundamental”. Disse ainda “é preciso mudar as normas e as leis para superar a desigualdade, a injustiça e a exclusão para que possamos viver melhor e em paz. “Se temos um povo organizado, mobilizado, não vão derrubar este governo. Com o povo mobilizado as reformas abrirão o caminho. A mudança só é possível se o povo se mobiliza”, discursou o presidente.
Matéria escrita com base no artigo de José Arnulfo Bayona, membro da Rede Socialista da Colômbia. Integra em espanhol: https://www.sur.org.co/27-de-septiembre-el-grito-de-la-democracia-en-las-calles/