De um lado
Jean-Luc Mélenchon, na ilha de Reunião (colonia francesa no Pacífico – NdT):
“Meus pensamentos se voltam para os corajosos russos que se manifestam contra a guerra. Meus pensamentos se voltam para os ucranianos que estão sob as bombas. Meus pensamentos vão para aqueles que defendem a paz”.
Foi esta posição de solidariedade entre os povos que rendeu a Mélenchon a implacabilidade e o ódio de todos os partidários das guerras imperialistas, como a candidata do PS, Anne Hidalgo, que se atreve a declarar que Mélenchon é “o aliado e o apoio de Putin”.
[Veja o discurso feito no parlamento francês em 1° de março no qual Mélenchon propõe saída da França da OTAN, NdE]
De outro lado
Ao final da reunião de candidatos às eleições presidenciais organizada por Jean Castex, primeiro-ministro, no dia 28 de fevereiro, na presença do ministro das Forças Armadas, do ministro delegado de Contas e do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, em que participaram Anne Hidalgo, Yannick Jadot, Marine Le Pen, Valérie Pécresse, Fabien Roussel e Eric Zemmour:
Yannick Jadot (verdes) apela à “unidade nacional se queremos ter a maior firmeza para combater Vladimir Putin e ajudar a resistência ucraniana”, e quer que as sanções sejam estendidas à Bielorrússia.
Fabien Roussel (PCF) congratula-se com “todas as medidas que foram tomadas pela França e a nível da União Europeia”.
Valérie Pécresse (Republicanos) se diz favorável à manutenção das sanções. À noite, no Twitter, especifica: “As sanções contra a Rússia devem ser endurecidas e estendidas à Bielorrússia”.
Anne Hidalgo (PS): “Somos democracias diante de um ditador. Devemos fortalecer as sanções contra a Rússia e entregar armas” (Bordeaux, 1º de março.)
A versão deles de democracia é a escalada da guerra.
jornal Informações Operárias, órgão do Partido Operario Independente, 2 de março de 2022, Paris