A atualidade da Revolução Russa

Esse também é o tema do calendário de 2017 da Campanha Financeira da Corrente O Trabalho

Como já é tradição no movimento operário no Brasil, a cada ano, os militantes da Corrente O Trabalho, dirigem-se aos trabalhadores e à juventude pedindo uma contribuição, através da venda do nosso calendário, para que possamos prosseguir o combate em defesa da independência política dos trabalhadores, que pressupõe a independência financeira. Razão pela qual não aceitamos dinheiro de empresas, Organizações Não Governamentais ou do Estado burguês. É a razão pela qual pedimos sua contribuição!

O Calendário de 2017, é dedicado à Revolução Russa, que ao completar seu centenário no próximo ano, segue como uma fonte de aprendizado e inspiração para o combate da classe trabalhadora por sua emancipação. A Revolução Russa de 1917 foi o acontecimento mais importante do século XX. Com ela, a classe operária tomou o poder de Estado e implantou uma república democrática baseada nos conselhos de trabalhadores, camponeses e soldados (sovietes) para gerir as riquezas da sociedade em benefício do povo trabalhador.

Sua atualidade é candente: as condições que levaram à Revolução de Outubro – guerra, miséria, exploração – não só se mantiveram, como se agravaram de forma aguda, colocando em risco a sobrevivência da humanidade. Para as futuras gerações, o capitalismo só tem a oferecer a miséria, o desemprego, as drogas. A alternativa “Socialismo ou Barbárie” continua colocada, e apenas a expropriação dos grandes meios de produção, tirando-os das mãos de um pequeno punhado de burgueses e colocando-os a serviço da ampla maioria do povo, é a medida capaz de salvar a humanidade. Estas são lições dadas pelo Partido Bolchevique, há um século, cujo aprendizado continua na base das organizações que buscam defender a classe trabalhadora.

Rosa Luxemburgo, revolucionária alemã de origem polonesa, explicou: “Eles ficarão na história como os primeiros a terem ousado”.

Lênin entendeu como ninguém a necessidade de uma ferramenta profissional para a revolução, o partido como expressão da vanguarda consciente da classe trabalhadora.

Cada uma das medidas da Revolução Russa guarda toda a sua atualidade em nossa época. A ousadia de ir até o fim num programa comprometido com os interesses das massas e de ser incondicional na independência de classe frente à burguesia e ao imperialismo; a disposição de buscar a unidade da classe e das massas por seus interesses elementares como base para a ação comum; a compreensão de que apenas a classe operária, liderando o campesinato e as classes oprimidas, pode ser a locomotiva das forças sociais necessárias para atender as mais simples reivindicações da maioria do povo: pão, paz, terra, liberdade, fim da opressão nacional, educação para a juventude…

Depois dos heroicos dias da Comuna de Paris em 1871, será o outubro de 1917 que marcará a vitória da revolução socialista e o início da construção do primeiro Estado operário da história.

Defesa da URSS e da revolução mundial

Quando os revolucionários tomaram o poder na Rússia, enxergavam sua ação como o primeiro elo da revolução internacional. O isolamento no qual se viu o Estado Soviético, e a pressão crescente do imperialismo, levaram à degeneração do partido e do estado. A ascensão de Stálin conduziu ao sufocamento da democracia interna no Partido Comunista Russo (sucessor do Partido Bolchevique), alimentou a repressão do Estado contra à livre organização da classe e permitiu que uma casta de burocratas usurpasse o poder.

Leon Trotsky – organizador do Exército Vermelho – escreveu em 1938 no Programa de Transição, programa da 4ª Internacional: “A União Soviética sai da Revolução de outubro como um Estado operário. A estatização dos meios de produção, condição necessária para o desenvolvimento socialista, abriu a possibilidade de um crescimento rápido das forças produtivas.

Mas, messe meio tempo, o aparelho de Estado soviético sofreu uma degenerescência completa; de uma ferramenta da classe operária, transformou-se em instrumento de violência burocrática contra a a própria classe e, com o passar dos anos, cada vez mais, em um instrumento de sabotagem da economia. Assim, a burocratização de um Estado operário atrasado e isolado e a transformação da burocracia em casta privilegiada todo-poderosa é a base material da chamada “teoria do socialismo num só país”.

A burocracia stalinista negava o marxismo ao atacar qualquer crítica ou questionamento; como uma doença que se propagava e minava as conquistas ela traía a revolução. Assim, para os marxistas, aí decorriam duas grandes tarefas: de um lado, a defesa incondicional da URSS e de cada uma das conquistas arrancadas pela classe operária e, ao mesmo tempo, a luta sistemática contra a burocracia, por uma Revolução Política que restabelecesse a democracia operária como parte da luta pela revolução socialista no restante do mundo, pelo que o stalinismo não apenas se recusou a lutar, como passou a ser um obstáculo.

Resgatar as lições de outubro é antes de tudo prosseguir o combate do Partido Bolchevique.

Hoje, às véspera do centenário da revolução, o capitalismo segue condenando a classe trabalhadora e as amplas massas oprimidas à guerra, ao desterro, à emigração forçada, ao desemprego crônico, à destruição das conquistas sociais e trabalhistas, dos serviços públicos, e a todo tipo de decomposição.

O impasse do capitalismo condena a humanidade à barbárie. Hoje, a luta pela defesa de cada conquista dos trabalhadores, de suas organizações e de seus direitos como parte da luta pela conquista do poder político para classe trabalhadora é nosso ponto de apoio para reconstruir tudo; o caminho para combater pelo fim da propriedade privada dos meios de produção e da exploração do homem pelo homem.

Prosseguir esse combate, ombro a ombro com todos os trabalhadores conscientes, é a tarefa da 4ª Internacional, na luta pelo partido mundial, ferramenta necessária para a revolução.

Por tudo o dito aqui, a luta pela revolução socialista exige independência de classe. E a independência de classe exige independência financeira.


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