Greve na Renault contra as demissões

Os metalúrgicos da Renault, em São José dos Pinhais (PR), decidiram em assembleia realizada no dia 27 de julho manter a greve iniciada seis dias antes, contra as 747 demissões anunciadas pela multinacional francesa.

Os operários estão em assembleia permanente, concentrados em frente ao portão principal da montadora.

Os motivos para as demissões alegados pela empresa são os de sempre: a pandemia reduziu o consumo e, portanto, a produção.

É a forma como as grandes empresas em todo o mundo (e a Renault, em vários países, não é exceção) se aproveitam da pandemia para investir contra os direitos e os empregos dos trabalhadores.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região, Sérgio Butka, garante que a greve continua enquanto as demissões não forem revertidas.

O sindicato e várias entidades e partidos fazem pressão sobre o governador Ratinho Jr. para que intervenha junto à empresa. Ironia: quando deputado estadual, Ratinho Jr. conseguiu aprovar uma lei, em vigor, que proíbe demissões por empresas que recebem benefícios do governo. É o caso da Renault.

Instalada no Paraná desde 1998, no governo Jaime Lerner, em meio à “guerra fiscal” entre os estados, a Renault recebeu inúmeros benefícios fiscais e o estado encarregou-se de fornecer toda a infraestrutura para que a empresa pudesse operar.

Todo o apoio aos grevistas da Renault!

Correspondente

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