O ex-vereador do PT em Diadema, Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho, militante e ex-diretor do sindicato dos metalúrgicos do ABC, e atualmente membro da Executiva Estadual do PT-SP, está preso desde 16 de maio junto com seu filho Leandro. Eles tiveram a prisão preventiva decretada após um incidente em 5 de abril, em frente ao Instituto Lula, em São Paulo, momentos após o juiz Sérgio Moro expedir o mandado de prisão para o ex-presidente.
Nesse dia, Carlos Alberto Bettoni, que se declara empresário, apareceu no Instituto junto com outros indivíduos, para provocar os líderes do PT. Como documentou a imprensa presente, eles se puseram a gritar, ofendendo o senador Lindbergh que naquele momento dava uma entrevista em frente ao Instituto. Com a insistência, tiveram que ser afastados. Bettoni em fuga bateu numa camionete e caiu desacordado, sendo socorrido num hospital ao lado.
Estranhamente, o Boletim de Ocorrência do caso foi feito pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), policial federal e filho de Jair Bolsonaro, o candidato a presidente da extrema-direita. Eduardo não foi visto no local, mas acudiu decididamente.
Pouco depois, a Justiça passou a fazer a absurda acusação de “tentativa de homicídio” a Maninho, para o que era, na verdade, o afastamento dos provocadores da entrevista. Outro juiz se juntou à operação de criminalização, negando um habeas corpus. Tudo apoiado por boa parte da mídia, a Globo em especial, numa armação para intimidar o Partido dos Trabalhadores.
No último dia 29 de agosto, realizou-se no Fórum Criminal de São Paulo, uma audiência onde compareceram como testemunhas de defesa, entre outros, Paulo Frateschi, do Instituto Lula, Markus Sokol, da Executiva Nacional do PT e o senador Eduardo Suplicy. Chamou a atenção a irritação da juíza da 28 a Vara e do promotor do caso, ameaçando testemunhas que não diziam o que eles queriam ouvir! Um comportamento raro, mesmo nos tempos da justiça da ditadura militar.
Ao final do dia, Maninho e o filho não tiveram a prisão relaxada. Eles vão completar quatro meses na penitenciária de Tremembé (SP), enquanto aguardam um recurso ser julgado em Brasília.
Esta é mais uma brutalidade cometida pela justiça que persegue o PT e os seus militantes. Liberdade para Maninho e Leandro!