Depois das vigorosas manifestações de 15 de maio em defesa da previdência e contra os cortes do governo na Educação, no último dia 30, convocados por entidades estudantis e de professores, manifestantes saíram de novo às ruas para deixar claro, uma vez mais, que vão à luta para impedir o desmonte da Educação e dos direitos, pretendido por este governo obscurantista. Nos estados do país, capitais e interior, com cartazes, faixas e bandeirolas, manifestantes saíram às ruas na defesa dos interesses da maioria do povo.
Em São Paulo mais de 100 mil manifestantes se concentraram no Largo da Batata, na zona oeste. Logo após uma marcha seguiu por vários quilômetros, com o ato terminando na Avenida Paulista. Durante o ato no Largo da Batata o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, falou sobre a construção das mobilizações em todos os estados brasileiros: “A unidade nas ações de trabalhadores, estudantes e daqueles que defendem uma educação pública e de qualidade demonstra a importância da nossa luta. As nossas reivindicações por direito e contra cortes orçamentários são mais do que didáticas e provam mais uma vez a Bolsonaro que aqui não há idiotas úteis e nem massa de manobra. Aqui tem luta e sabedoria popular para barrar todos os retrocessos impostos por este governo de extrema direita e contrário ao povo”. Ocorreram atos em várias cidades do interior, como em Taubaté, onde a luta começou cedo. Os sindicatos da região do Vale do Paraíba se reuniram para assembleia na portaria da fábrica LG, em defesa da educação e contra a reforma da Previdência. Campinas, Santos, Ubatuba, São Carlos, Presidente Prudente, Bauru, Itaquaquecetuba, Araraquara e Jundiaí também registraram paralisações a atos importantes.
No Rio de Janeiro, mais uma vez, a manifestação foi muito forte. Mais de 100 mil tomaram a região da Candelária. Houve paralisações nas universidades UFF, UFRJ, UERJ e UNIRIO e em várias escolas. Paralisações e atos em Volta Redonda e Campos também ocorreram. Em
Minas Gerais também houve muito movimento no interior, sendo que a capital Belo Horizonte registrou cerca de 150 mil pessoas. Em Pernambuco, na capital Recife, o ato principal contou com 50 mil manifestantes. Houve paralisação na maioria das escolas municipais, estaduais e federais da cidade. Ato também ocorreu em frente a Refinaria Abreu e Lima da Petrobrás, no Porto de Suape. A categoria deliberou, em Assembleia, a aprovação da greve geral do próximo dia 14 de junho.
No Rio Grande do Sul ocorreram manifestações importantes em Pelotas, Rio Grande e Santa Maria. Em Porto Alegre 40 mil foram às ruas, mesmo sob forte chuva!
Na Bahia a marca foram atos em um número muito grande de cidades, sendo que 30 mil foram às ruas em Salvador.
Na Paraíba houve uma panfletagem e passeata na Universidade Federal (UFPB), no campus de João Pessoa, e diálogo com a população no calçadão localizado no centro da cidade de Souza. Na cidade de Patos estudantes e a população deram um recado contra os cortes de verbas nas universidades e Institutos Federais de Educação, contra a reforma da Previdência e rumo à greve geral. O ato da capital contou com 20 mil.
Em Curitiba, estudantes e professores se reuniram no Campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. No prédio da universidade eles colocaram, de novo, uma faixa “Em defesa da universidade pública”, igual a faixa que havia sido arrancada no domingo 26 de maio, por bolsonaristas. Alunos, professores e funcionários da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, participam das mobilizações. Eles se reuniram deste às 7h na universidade para protestar e convocaram também a greve em 14 de junho. Ato em defesa da educação também ocorreu na cidade de Maringá.
No Ceará, a capital Fortaleza também registrou uma das maiores concentrações do país: mais de 100 mil pessoas se reuniram na Praça da Gentilândia. No ato os estudantes cantavam: “Tire a Tesoura da mão e investe em Educação!” Tiago Maciel e correspondentes