Após o congresso da UNE

Defender a independência da UNE na luta pelas reivindicações dos estudantes

O Congresso Nacional da União Nacional dos Estudantes (Conune) aconteceu de forma virtual entre 14 e 18 de julho. Com debates que envolvem a luta estudantil, num contexto onde milhares foram às ruas exigir o fim do governo Bolsonaro que nega o direito à educação e corta verbas.

Nessa conjuntura a nova direção eleita por um ano, prorrogável por mais um, deve mobilizar suas bases para impulsionar esse movimento ao lado do povo, levantando as reivindicações e dando força para derrubar o governo.

Une ao lado do povo
A tese “UNE é pra lutar”, impulsionada pela Juventude Revolução do PT, defendeu como central derrubar Bolsonaro e seus generais e reabrir o debate sobre a Assembleia Constituinte Soberana como saída para realizar mudanças profundas no país.

A resolução aprovada defende “fora Bolsonaro e seus militares e uma reforma radical do Estado como única forma de sair da crise” e um conjunto de reivindicações estudantis como verbas para assistência estudantil etc. Mas, é também limitada, pois não deixa explícita uma postura independente sobre a continuidade da luta pelo Fora Bolsonaro, o que gera confusão. A UNE não pode ficar de mãos dadas com nossos inimigos.

Victor Carvalho, do DCE UNB – eleito diretor pela ‘Une é pra lutar’ – disse que “precisamos ouvir a voz das ruas. A UNE precisa estar ao lado dos que não querem nem mais um dia desse governo, não dá pra alimentar a ilusão de que as instituições que sustentam Bolsonaro vão resolver o problema. Só o povo na rua pode gerar as verdadeiras mudanças”.

Direito à educação presencial com segurança
É uma pauta necessária para levantar nos protestos, a exemplo do dia 11 de agosto, aprovado no congresso. Num quadro onde milhões ficaram sem nenhum acesso em 2020, governos impuseram o ensino remoto precário e excludente e cortaram verbas e programas de pesquisa, assistência e outros.

O ensino presencial com segurança é um direito, por isso a exigência aos governos, e também reitorias, das medidas para assegurar uma educação pública e de qualidade. A estudante Anitta Mazzei, da Universidade Estadual do Sudeste da Bahia (UESB), defendeu a necessidade da “ampliação das bolsas estudantis e testagem em massa nas universidades”.

A indignação dos estudantes pode ir às ruas com mais força e a UNE tem a responsabilidade de estar ao lado deles.

Katrina

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