Centenas de manifestantes foram as ruas de Recife exigir justiça pelo menino Miguel.
Respeitando as orientações sanitárias como o uso de máscaras e o distanciamento social, diversos movimentos sociais protestaram nesta sexta feira (5) em frente ao Tribunal de Justiça de Pernambuco e caminharam até as “Torres Gemêas”, condomínio de luxo em que fica localizado o edifício Pier Mauricio de Nassau, em Recife.
Na ultima terça-feira (02.06) o pequeno Miguel foi deixado aos cuidados da patroa da sua mãe, enquanto ela teve que ir caminhar com o cachorro da família. Porém, no lugar de cuidar da criança, a patroa Sari Corte Real foi fazer as unhas, negligenciando o cuidado de Miguel o que resultou em sua queda do 9º andar.
O Diálogo e Ação Petista esteve presente, levantando as palavras de ordens “Vidas Negras Importam” e “Justiça por Miguel”.

Para Marta Almeida, coordenadora do Movimento Negro Unificado “foi um ato de várias entidades, a gente, as diversas juventudes, o movimento negro, o povo na rua, apesar da quarentena, e pelo (curto) tempo que se articulou, foi de bastante densidade… todo esse movimento para que a gente pudesse ressaltar a luta contra o racismo, o apoio e solidariedade à família, respeitando todo esse processo da quarentena, com máscara e álcool em gel. Mas que a gente pode se fazer presente ocupado a cidade”, declarou.
A patroa, Sari Cortê Real é a primeira-dama da cidade de Tamandaré e empregava a mãe de Miguel (Mirtes Renata) como terceirizada da Prefeitura. Detida, ela foi liberada depois de pagar a fiança de R$ 20.000.
Quanto vale a vida de uma criança negra?

