Publicamos abaixo a nota do DAP RJ sobre a execução de Marielle Franco
O Diálogo e Ação Petista-RJ expressa seu profundo pesar e solidariedade aos amigos, companheiros e familiares de Marielle.
Militante, mulher, negra, com laços com a favela, Marielle, vereadora do PSOL, fazia um trabalho de denúncia da violência cometida pelas polícias contra a população pobre de favelas e morros, de maioria negra. No dia 11 de março, denunciou a ação de PMs do 41O BPM na favela de Acari que, segundo moradores, invadiram casas, fotografaram suas identidades e causaram pânico na população.
A execução de Marielle e Anderson Pedro, motorista que a acompanhava, faz parte do aumento da violência contra o povo do Rio de Janeiro. Representa uma escalada perigosa no Estado de exceção que vivemos no Brasil desde o golpe jurídico-parlamentar de 2016 que colocou o usurpador Temer no poder. A execução é um acontecimento atroz, uma tentativa de intimidar aqueles que denunciam a truculência das polícias nos morros e favelas e que buscam organizar os trabalhadores e trabalhadoras para lutar por uma vida melhor. Não nos calaremos.
O povo do Rio precisa de empregos, educação, cultura e lazer, segurança pública para viver em paz e fazer suas próprias escolhas, não de intervenção militar, opressão, violência e morte.
A execução de Marielle é um desafio para as autoridades responsáveis por essa tragédia: Temer e seu interventor, o comandante João Braga Netto. Exigimos a apuração e punição dos responsáveis. A execução de Marielle expõe o fracasso da intervenção.
Por isso, nós do Diálogo e Ação Petista, estaremos hoje nos atos do Rio contra o Genocídio Negro!
Somos todos Anderson Pedro! Somos todos Marielle Franco!
Não à intervenção!
Diálogo e Ação Petista-RJ, 15 de março de 2018.