Houve no começo da tarde deste 26 um ato em Francisco Beltrão, 4 mil na praça. Os mesmos grupos de agressores que tentaram impedir a chegada da Caravana, depois do ato, foram conturbar o embarque de Lula no aeroporto para Foz do Iguaçu, mas lá foram rechaçados.
Em Foz do Iguaçu 500 jovens e trabalhadores foram ao auditório do sindicato dos eletricitários, para o Seminário Internacional de Integração Latino-americana. Presentes estavam Lula, Gleisi e outras lideranças do PT, Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai, o senador Requião (PMDB), Jorge Taiana, ex-ministro de Relações Exteriores da Argentina, além de deputados argentinos e paraguaios.
Gleisi anunciou na abertura que o presidente do DM de Santa Terezinha do Iguaçu e padre, o companheiro Idalino Alflen, 64 anos, conhecido como Padre Pastel, foi apedrejado por extremistas, atingido no olho hospitalizado. A PM dispersou esse grupo, pouco antes de começar o ato.
Os jovens estudantes presentes da UNILA (Universidade integrada latino-americana) saudavam os oradores gritando “se cuida, se cuida imperialista, a América Latina vai ser toda socialista!”
Lula historiou a Caravana, a presença do povo e as agressões sofridas. Disse que “somos gente de paz, mas não vamos oferecer a outra face”.
Ilustrou com números e dados os avanços na integração latino-americana, o que agora está regredindo. Insistiu na complementaridade e equilíbrio necessário no comércio regional, com a Venezuela, mas principalmente no Mercosul. “Juntos, temos força frente ao mercado financeiro internacional, principalmente dos EUA”. Não tem jeito, “a União Europeia não comprar produtos de alto valor agregado nosso, só quer soja e minério de ferro nosso, para vender seus produtos industrializados, assim não progredimos”. E terminou dizendo que “se me prenderem, estarei nas ruas no corpo de vocês”.
O seminário foi seguido de um breve ato onde Lula falou para o público que ficou de fora pois não cabia, ou porque foi retido pela guarda municipal da cidade, quase outras 500 pessoas.
Markus Sokol