Evasão escolar cresce 171% na pandemia

O Brasil atingiu patamar recorde de evasão escolar entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos durante a pandemia. Segundo um estudo da Todos Pela Educação e dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, a evasão escolar no Brasil é a maior desde os últimos seis anos. Aproximadamente 244 mil crianças e adolescentes estavam fora da escola no segundo trimestre de 2021.

O número representa um crescimento de 171% na evasão em relação aos números de 2019. O estudo também aponta uma queda no número de matriculados no ensino fundamental e médio, que chega a 96,2% das crianças e adolescentes. O menor desde 2012. Em 2019, os matriculados chegavam a 98%.

O responsável por esse crime é o governo Bolsonaro! Com o aumento do desemprego, do preço dos alimentos e da pobreza no país, cada vez mais crianças e adolescentes abandonam os estudos em busca de trabalho informal. Uma pesquisa da Unicef aponta um crescimento intenso do trabalho infantil durante a pandemia no Brasil. Os adolescentes são os que mais trocam a escola pelo trabalho. Para cuidar dos irmãos pequenos ou complementar a renda da casa, os adolescentes procuram fazer uma renda extra em funções precarizadas como entregadores de aplicativo, venda em sinais de trânsito, ajudante na construção civil, catadores etc.

Sobreviver ou estudar, o drama de milhões de jovens
O fechamento das escolas e a falta de condições de acesso ao ensino comprometem o futuro de uma geração. A falta de equipamentos, local adequado para estudar, professores, bolsas e auxílios, merenda e transporte, faz com que os jovens sejam empurrados para fora da escola. Outro estudo divulgado pelo Observatório da Alimentação Escolar (OAE) mostrou que apenas 14% dos estudantes das escolas públicas receberam cestas ou cartões-alimentação, durante a pandemia, através do PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar. 23% dos estudantes não receberam nenhum tipo de assistência alimentar.

O governo Bolsonaro nega educação para a juventude e renda para as famílias. Em meio ao desemprego e à inflação, o governo anuncia o fim do bolsa família, aprofundando ainda mais a crise do povo e obrigando adolescentes a escolher entre os estudos ou a sobrevivência. A piora das condições de vida e o descaso do governo genocida com a educação comprometem o futuro de milhões que, quando não deixaram os estudos, mal conseguiram estudar. Há muito para recuperar e essa luta passa por seguir o combate para colocar abaixo o governo genocida! A exigência aos governantes de reivindicações como bolsas, merendas e outras pautas concretas para retomada digna das aulas presenciais é uma questão necessária.

Kris

Artigos relacionados

Últimas

Mais lidas