Em 30 de agosto Temer entregou três distribuidoras da Eletrobrás (Eletroacre – AC, Ceron – RO e Boa Vista Energia – RR) a duas empresas privadas, Energisa e Oliveira Energia a preço de banana – R$ 50 mil cada.
A Companhia Energética do Piauí (Cepisa), já havia sido entregue, também por R$ 50 mil, à empresa Equatorial. O próximo leilão previsto para 26 de setembro é para entregar a Amazonas Distribuidora de Energia.
As distribuidoras de energia têm um papel estratégico na soberania energética como indutoras do crescimento econômico e social nas regiões Norte e Nordeste. Assim alerta a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU – CUT) que denuncia que “privatizar o setor elétrico brasileiro, os impactos à economia serão profundos devido ao aumento das tarifas, da precarização da mão de obra, milhares de demissões, fim das tarifas sociais e de programas de eletrificação nas áreas interioranas.”
“Nossa luta é por soberania”
Buscando alertar a sociedade brasileira do profundo processo de desnacionalização do setor elétrico e da entrega deste patrimônio a grupos estrangeiros, a FNU chamou os eletricitários a paralisarem as atividades do sistema por 72 horas entre os dias 28 e 30 de agosto, o que ocorreu em vários estados do país, em particular no Norte e Nordeste.
Nilton Miguel Coelho, funcionário de Furnas Centrais Elétricas, diretor do Sinergia-ES (Sindicato dos Trabalhadores em Energia e Gás do Espirito Santo), declarou que “nossa luta é por soberania e por isso defendemos e apoiamos a candidatura de Lula junto com a CUT que em sua resolução de 28/29 de agosto acredita no compromisso de Lula ‘…com a convocação de uma Assembleia Constituinte com o objetivo de revogar as medidas nefastas do governo golpista e de implementar as reformas estruturais necessárias ao resgate da democracia e ao fortalecimento da soberania nacional, criando condições para um novo ciclo de desenvolvimento, sustentável e com inclusão social, que atenda as demandas colocadas na Plataforma da CUT para as Eleições 2018.’”
Nilton de Martins