Bancários garantem direitos

Em acordo nacional assinado no dia 31 de agosto, válido por dois anos, os bancários conseguiram arrancar 5% de reajuste (a reposição da inflação e mais 1,18% de aumento real), para os bancos privados e públicos. Além disso, garantiu na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) a manutenção dos direitos conquistados, ameaçados após a contrarreforma Trabalhista. Num cenário de incertezas para o conjunto da classe trabalhadora esta conquista é fundamental. A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, afirma “A ‘reforma trabalhista’ tornou a conjuntura mais difícil e impactou nossa negociação, mas não o nosso patrimônio construído por tantos anos, a nossa CCT, da qual temos tanto orgulho e zelo.” (site da CONTRAF/CUT). As assembleias de todo país aprovaram a assinatura do acordo.

Os banqueiros tentaram retirar direitos, ameaçavam não recompor a inflação e atacar pontos como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) das mulheres em licença-maternidade. A mobilização e determinação da categoria foi fundamental para fazê-los recuar e assinar o acordo por dois anos.

Os bancários foram além, incluindo cláusulas na Convenção, como a cobertura dos trabalhado- res “hipersuficientes”. Isso garante àqueles que têm diploma e recebem a partir de duas vezes o teto do INSS (hoje em R$ 11.291,60) os mesmos direitos dos demais colegas, o que é importante frente ao fato de que a contrarreforma Trabalhista abriu espaço para que as empresas im- ponham a este conjunto de profissionais reajustes salariais e outras condições abaixo dos demais, via “negociação individual”. Isso nos dá a certeza de que a mobilização para revogar todas as medidas golpistas aprovadas por esse governo deve ser aprofundada. E cada trabalhador deve saber que esse é o compromisso da candidatura Lula, que está em seu programa de governo.

João B.Gomes

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