Nos dias 21, 23 e 25 de junho os trabalhadores ferroviários realizaram uma poderosa greve no Reino Unido. A categoria votou em massa em favor da greve, anunciada há 15 dias. A mobilização foi considerada a maior da categoria em 30 anos. O metrô de Londres também parou no dia 21 de junho em mobilização convocada pelo sindicato RMT.
Michael Lynch, secretário do sindicato dos transportes da RMT, que organizou a greve ferroviária, disse: “A participação nos piquetes hoje foi fantástica e superou as expectativas. Lutamos pela segurança no trabalho, a defesa das condições de trabalho e um aumento salarial digno. Nossos membros vão continuar o movimento. Eles demonstraram uma unidade excepcional na busca de uma solução para esta disputa.” Também estão previstas mobilizações por aumento de salários nos serviços de educação, correio e saúde nas próximas semanas.
Boris Johnson, primeiro-ministro da Inglaterra, anunciou na semana passada que alteraria a lei do país para exigir que as empresas operadoras das ferrovias sejam obrigadas a fornecer um mínimo de trens funcionando, podendo usar inclusive trabalhadores temporários em caso de greve.
“O espectro de uma greve geral paira sobre o Reino Unido”, escreveu em 21 de junho um jornal francês prevendo a possibilidade da mobilização se alastrar por outras categorias descontentes com a perda do poder aquisitivo de seus salários.
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