Libertação do jornalista argelino Khaled Drareni!

Uma campanha internacional exige a libertação do jornalista argelino Khaled Drareni, condenado à prisão por seu trabalho de reportagem das amplas manifestações contra o governo em 2019. Em 10 de agosto ele foi sentenciado a três anos de prisão, sob as acusações de “incitação à manifestação não armada” e “atentado à unidade nacional”.

Jornalistas argelinos iniciaram uma campanha por sua libertação, obtendo, em poucos dias, mais de mil assinaturas de jornalistas, defensores dos direitos humanos, advogados, escritores e artistas.

O texto afirma:
“Khaled Drareni foi condenado a três anos de prisão em regime fechado pelo tribunal de Sidi M’Hamed. Seu crime: exercer seu trabalho de jornalista respeitando os fundamentos de sua profissão, notadamente na cobertura contínua das manifestações após 22 de fevereiro de 2019.

Os demais acusados no mesmo inquérito, com as mesmas peças de acusação sem fundamentos, foram condenados a penas inferiores ao período de detenção provisória. O tratamento particular destinado ao jornalista Khaled Drareni é inaceitável.

A perseguição difamatória contra ele foi alimentada por uma interferência presidencial neste caso. Ela resultou na definição da pena de prisão mais pesada contra um jornalista, por conta de seu trabalho, desde a independência da Argélia, em 1962.

Nós, signatários desta petição, iniciada por um grupo de jornalistas, exigimos a sua libertação imediata e a sua reabilitação.”

A Federação Internacional dos Jornalistas emitiu nota de repúdio à sentença judicial e exigiu a imediata soltura de Drareni.

O Partido dos Trabalhadores da Argélia protestou contra a condenação, em nota na qual “se junta à exigência democrática de libertação de Khaled Drareni e de todos os presos políticos e de opinião” no país. O Comitê Internacional de Ligação do Acordo Internacional dos Trabalhadores está divulgando a campanha.

No Brasil, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo somou-se à campanha e iniciou a coleta de adesões.

Paulo Zocchi

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