Os trabalhadores na Kostal – empresa alemã de peças eletromecânicas – em assembleia realizada na porta da fábrica pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em 6 de junho, decidiram mobilizar-se contra o fechamento da planta em São Bernardo do Campo e em defesa dos seus 300 postos de trabalho.
A Kostal havia comunicado o sindicato que fecharia a planta. Em 10 de junho, após nova assembleia, os trabalhadores saíram em passeata pelas ruas do bairro Paulicéia, onde está a fábrica, com máscaras e álcool gel distribuídos pela direção sindical organizadora do ato.
Além da solidariedade de companheiros de outras fábricas da região, os trabalhadores da Kostal também receberam o apoio internacional do IndustriALL Global Union, (sindicato global da indústria), que representa 50 milhões de trabalhadores em 140 países.
O secretário-geral do sindicato, Aroaldo da Silva, afirmou que a luta é pela manutenção da planta e dos empregos, colocando a questão da reconversão industrial: “Temos discutido muito a reconversão industrial, de empresas com ociosidade começarem a produzir respiradores para o tratamento do coronavírus e Kostal tem capacidade para isso”, ressaltou.
Em 13 de junho, a assembleia dos trabalhadores autorizou o sindicato a negociar com a direção da fábrica que a decisão sobre o seu fechamento, previsto para julho, fosse adiada para 30 de setembro. Foi conseguido, dando um fôlego para o movimento. A luta continua.
Tiago Maciel