Não tem outro jeito!

As pressões não param e vêm de todos os lados, de fora, da oposição e da base aliada. O governo aumentou os juros e o FMI determina: é preciso ir mais longe.

Os benefícios dados às multinacionais do setor automotivo não bastaram. Querem mais ou milhares de trabalhadores irão para a rua. A Ação Penal 470 perdeu espaço, mas a imprensa passou agora à ofensiva contra a Petrobras e parlamentares da base aliada apoiam a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Venham de onde vierem, tais vozes têm um único objetivo: o imperialismo quer recuperar o terreno e colocar um direto representante no Palácio do Planalto. Esse é o jogo em todo continente. É preciso, e possível, fazer frente a tal ofensiva. O que, ao contrário de ceder às pressões, começa pelo governo Dilma do PT, desde já, desenvolver uma política que reforce a nação contra as investidas imperialistas.

No último dia 9 de abril, 40 mil trabalhadores na marcha das centrais em São Paulo levantaram algumas reivindicações que esperam resposta do governo Dilma e que, ao mesmo tempo, apontam a necessidade de mudanças tais como a derrubada dos juros e a reversão das concessões ao mercado.

Dilma tocou no ponto, quando propôs em junho do ano passado a Constituinte para fazer a reforma política, proposta detonada pelo PMDB. É hora de retomá-la.

Dilma, candidata do nosso partido, em cuja campanha Lula está engajado, está chamada a apoiar o Plebiscito Constituinte Soberana e Exclusiva para fazer a reforma política.

É preciso dar a palavra ao povo. Essa é a batalha da campanha pelo Plebiscito Popular da Constituinte do Sistema Político, previsto para se realizar entre os dias 1 e 7 de setembro.

Um primeiro passo é a reforma política para avançar nas profundas reformas, e conquistarmos uma nação soberana. É por isso que a campanha cresce em todo o país, com os comitês nas cidades, nos sindicatos, escolas. “Hoje, a maioria quer votar em Dilma do PT para que as mudanças de fato aconteçam e para ampliar as conquistas sociais!”, afirma a convocatória do Ato pela Constituinte, no próximo dia 10 de maio em São Paulo. É hora de dar o passo para abrir a via das mudanças necessárias, contra a voracidade do apetite dos especuladores que pressionam por todos os lados.

É PRECISO REAGIR PARA CONQUISTARMOS UMA NAÇÃO SOBERANA

Há obstáculos para esse caminho, mas a força da luta dos que clamam por mudanças, cuja maioria se reconhece no PT, pode derrotar essas investidas.

Um grande obstáculo, as ruas gritaram em junho de 2013: Com esse Congresso não dá!

E não dá mesmo!

Diante do desgaste do sistema político, de “presidencialismo de coalizão”, baseado num Congresso Nacional fechado às aspirações sociais a reforma política é o primeiro passo a ser dado. Não por esse atual congresso onde a cúpula do PMDB quer aprovar uma contrarreforma para piorar ainda mais.

 

Lula falou, e nesse caso está certo, da necessidade de “mudar o sistema de representação”. E acrescentou: “Sem a reforma política todas as outras reformas que temos de fazer serão muito mais difíceis. Esse Congresso não fará, seria contrariar sua natureza. Há interesse em manter o status quo. Então por que mudar? Eu sou totalmente favorável a uma constituinte exclusiva para fazer essa reforma. Acho que não tem outro jeito.” Não tem mesmo, o único jeito é dar a palavra ao povo!

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