Organizar a vitória

O país e nosso povo estão estrangulados. A situação é grave, mas a saída existe.

Um Judiciário, que se auto atribuiu o co­mando da nação, instalando uma verdadeira ditatura, está se decompondo. O Supremo Tribunal Federal, onde ministros se xingam, manobram, burlam leis vai assim dando sua “contribuição” ao caos instalado no Brasil.

No Congresso Nacional, votação após votação, é contra o povo e a nação que eles legislam.

Na Presidência da República usurpada, Temer, um fantasma, ainda tenta cumprir as ordens dadas pelos interesses patrocinadores do golpe.

Neste atoleiro geral, quem sofre é o povo, cujas condições de vida e trabalho se deterio­ram aceleradamente. Até o direito a comprar um botijão de gás está sendo retirado das fa­mílias trabalhadoras!

E porque sofre, mas não se entrega, a maioria do povo trabalhador já indicou e reafirma a cada sondagem: quer um governo legítimo e com força para lhe devolver os direitos, o em­prego, os serviços públicos, enfim, tudo que precisa para viver com tranquilidade.

Este governo tem nome, é Lula do PT, o único que pode convocar uma Constituinte para desmantelar estas instituições que jogam o país no atoleiro e avançar, com reformas populares, a melhoria da vida do nosso povo.

Para começar a reverter o estrangulamento do povo, o PT decidiu apresentar medidas de emergências que Lula adotará, tais como baixar o preço do gás de cozinha, valorizar o salário mínimo e revisar o aumento abusivo dos planos de saúde (ver pag.4). É por aí! Agora é colocar a campanha na rua, dialogar e organizar a vitória.

Enquanto as instituições se decompõem – a menos de quatro meses das eleições, a bur­guesia não tem um candidato competitivo e Bolsonaro, o segundo colocado nas pesqui­sas com menos da metade das intenções de voto Lula, não unifica nem os partidos, seus parceiros golpistas – a candidatura de Lula se consolida. Com ela devemos ir até o fim para derrotar o golpe.

O retumbante voto popular que deu a Obra­dor a vitória nas eleições presidenciais de 1 de julho no México, indicam a vontade e de­terminação do povo mexicano de se livrar da dominação imperialista.

Esta mesma vontade, que no Brasil hoje se expressa nas pesquisas, pode se impor nas eleições, contra as falcatruas organizadas pelo Judiciário.

Lula, em carta datada de 3 de julho, na qual reafirma sua inscrição como candidato à Pre­sidência, dia em relação à perseguição de que é vítima que “não há razão para acreditar que terei justiça”. Não há mesmo! As instituições que aí estão, a começar pelo Judiciário, estão aí para promover os interesses do capital finan­ceiro, contra o povo e por isso mesmo querem lhe retirar o direito de votar em quem afirma e reafirma querer votar.

Se não há razão para acreditar nesta Justiça, isso é razão a mais para acreditar e apostar na força organizada do povo. Só ela poderá impor que a vontade da maioria seja respeitada.

No dia 15 de agosto, o PT vai inscrever Lula candidato a Presidente do Brasil para as eleições de 3 de outubro. Com chances até de ganhar no primeiro turno, a candidatura que o mercado ordena que seja excluído das urnas só poderá ser garantida pela força do povo.

O PT chama uma grande manifestação em Brasília para o dia 15. Que ela dê a largada para ampla mobilização que garanta a candidatura e a eleição de Lula. É disso que o povo quer é para isso que todos os esforços devem estar concentrados.

O Encontro Nacional Extraordinário do Di­álogo e Ação Petista (ver pag. 5) pretende ser uma ajuda para colocar o PT à altura da tarefa de construir a vitória.

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