Os golpistas estão em apuros

A 10 semanas do primeiro turno das elei­ções presidenciais as elites golpistas seguem atordoadas tentando viabilizar uma candidatura que tenha chance de legitimar nas urnas um representante da política que ensejou o golpe.

A coisa está tão difícil para eles que até a adesão à candidatura de Alckmin (PSDB) dos partidos do chamado centrão do “toma lá, dá cá” -esculhambados até mesmo pelos órgãos da imprensa burguesa – fez as ações da bolsa subirem e o dólar cair. A ver se isso tira Alckmin do um dígito em que aparece em todas as pesquisas. Afinal, o centrão, que depois dos pulinhos de alegria na votação do impeachment de Dilma, cobrou caro de Temer a votação de sua permanência na ca­deira usurpada, não indica necessariamente, um reforço do candidato escolhido. Até pelo contrário, quanto mais a situação do país se deteriora, mais vai se consolidando a com­preensão do real objetivo do golpe a que to­dos eles – de Alckmin a Temer, passando por Bolsonaro -, estão ligados. Aliás, até mesmo Henrique Meirelles, candidato do MDB, quer se dissociar da imagem de Temer. Eles estão em apuros! Como disse Lula, “a direita não tem candidato e ficam disputando entre eles. Um pior que o outro.”

O candidato do PDT, Ciro Gomes, que coqueteou com o Centrão, mas foi preteri­do, tenta atrair votos da esquerda, morde e assopra e não sai do lugar.

Na profusão de candidaturas, apenas uma, e só uma, se consolida e com um sentido claro: botar para correr os partidos que deram o golpe e com eles a política que está jogando o povo na miséria e o país no caos.

No dia 15 de agosto, com o reforço das mo­bilizações do “Dia do Basta” chamado pelas centrais sindicais em 10 de agosto, o PT chama uma grande manifestação em Brasília para o ato de inscrição da candidatura Lula no Tribunal Superior Eleitoral.

É hora de organizar as caravanas, através dos Comitês Lula, dos Diretórios do PT e dos sindicatos para lotar Brasília em 15 de agosto.

É esperado que novas manobras jurídicas tentarão inviabilizar que Lula participe das eleições. Afinal, no esquema do golpe o Ju­diciário assumiu a missão de tirar Lula das urnas. Até juíza de Execução Penal se arvora o direito de “proclamar” sua inelegibilidade! Porque não há outro caminho para preservar os interesses do capital financeiro que não seja uma farsa eleitoral sem Lula candida­to. Nisso estão dispostos a ir até o fim. Se conseguirão é a luta de classe que dirá. A mobilização da maioria trabalhadora pode derrotá-los.

Ainda é tempo, dos que pretendem falar em nome dos interesses da democracia, da soberania e do povo trabalhador, Manoela do PCdoB e Boulos do PSOL, de cerrarem fileiras ao redor da candidatura que a maio­ria já escolheu.

Unir forças sim, para derrotar as manobras jurídicas e fazer respeitar o direito de Lula ser candidato, elegê-lo e botar para correr não apenas os partidos golpistas, como as instituições que atravancam o país, através da convocação da Constituinte, compromis­so assumido por Lula em seu discurso de 7 de abril, antes de ser levado à prisão. Com­promisso recentemente confirmado, desde a cela de Curitiba, a propósito da situação: “Virou uma política apodrecida! E a solução para isso, no meu Governo, vai ser convocar uma Assembleia Constituinte.”

Por certo, a Bolsa vai cair, o dólar vai subir. Sintomas de que a maioria do povo poderá, finalmente, fazer valer, com Lula Presidente, os seus interesses.

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