Retomando a luta: como foi o 13 de agosto pelo país

O Dia Nacional em defesa da Educação e da Aposentadoria cha­mado pela Confederação dos Trabalhadores em Educação (CNTE-CUT), que contou com o apoio da UNE e centrais sindi­cais, registrou atividades em todo país. Ignorado pela grande imprensa os atos ocorreram em todas as capitais e mais de 200 cidades do país, segundo a CNTE.

Foi a demonstração da disposição de continuar a luta para manter direitos. A contrarreforma da Previdência tramita agora no Senado. O governo, é verda­de, conseguiu aprovar na Câmara, mas não conseguiu tudo que queria, como a capitalização. Mas não desistiu. Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil afirmou que será enviado uma nova PEC tratando da capitalização. ” Eu defendo que nós tenhamos, optativa­mente, ou fundo de capitalização ou poupança individual para a aposenta­doria” (Veja online).

O governo insiste, os trabalhadores e os estudantes resistem, como mos­trou o dia 13, onde esteve presente também, com destaque, a luta por Lula Livre.

Nossos correspondentes informam sobre as manifestações do dia 13, que contaram com a participação organi­zada do Diálogo e Ação Petista e da Juventude Revolução do PT. Reporta­mos abaixo alguns estados.

Bahia – Em Salvador, o ato reuniu mi­lhares. Centrais sindicais (CUT e CTB) organizações de juventude (JR do PT, LPJ), além das entidades estudantis. Os sindicatos da educação estavam no comando do ato junto com o DCE UFBA. Nelsimaria, dirigente do DCE e militante da JR do PT, afirmou que “q ueremos estudar e nos aposentar”.

Ceará – Em Fortaleza dezenas de milhares compareceram ao ato con­vocado pelas entidades do setor da educação e pelas centrais sindicais. O ato percorreu as principais vias do Centro de Fortaleza.
Foi um dia de luta contra os cortes, em defesa da Previdência e pelo não ao Future-se. Também no Vale do Jaguaribe os atos reuniram ce ntenas, como em Russas e Limoeiro.

Distrito Federal – Em Brasília, a concen­tração começou no Museu Nacional Honestino Guimarães e fechou as pistas do eixo monumental, saindo em Marcha, se unificou com as mulheres indígenas, reunindo cerca de 40 mil manifestantes.

Minas Gerais – Em Belo Horizonte, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/ MG) realizou ato na Assembleia Legis­lativa do Estado, e um ato conjunto com as centrais contra a reforma e cortes da educação.
Em Juiz de fora cerca de cinco mil manifestantes se reuniram em no centro da cidade. A maioria era de estudantes do instituto federal e da UFJF, e professores da rede municipal.
Além dos professores da rede mu­nicipal paralisaram suas atividades professores da rede estadual, da uni­versidade e os técnicos administrativos dos IFs. Também havia presença de outros sindicatos como bancários e metalúrgicos.

Pernambuco – Em Recife o ato reuniu milhares de pessoas. As falas des­tacaram principalmente a crítica ao Future-se e à contrarreforma da Pre­vidência. O Lula Livre esteve presente em várias falas e era repercutida pelos participantes ao longo da passeata, que percorreu as ruas centrais da capital pernambucana por cerca de 2 horas. Em Caruaru, Petrolina e Terra Nova, também ocorreram atos.

Rio de Janeiro – Cerca de 15 mil pessoas estiveram na mani­festação que começou na Candelária e se­guiu em passeata até a sede da Petrobrás, mostrando que a luta dos estudantes em defesa do ensino público é a mesma dos trabalhadores contra a reforma da Previdência e em defesa da Petrobrás.
Houve ato também em Volta Re­donda com a presença majoritária de secundaristas. O panfleto da Juventu­de Revolução do PT que colocava a questão do Lula Livre foi muito bem recebido pelos jovens.

Rio Grande do Sul – O ato em Porto Alegre reuniu mais de 30 mil pessoas e percorreu as ruas do centro em direção ao Campus Centro da UFRGS. Cente­nas de escolas suspenderam suas ati­vidades em protesto ao congelamento (5 anos) e parcelamento dos salários.
Faixas e palavras de ordem exigindo Lula Livre estavam espalhadas pela ca­minhada. Ocorreram atos também no interior, como em Rio Grande, Santa Maria, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Vitória do Palmar, entre outras cidades.

Santa Catarina – Em Florianópolis cerca de 15 mil pessoas participaram de ato no centro da cidade, tcom a participação de vários setores dos tra­balhadores e uma importante presença dos jovens secundaristas. Ocorreram atos ainda em Lages, Joinville, Chape­có , Criciúma e outas cidades.

São Paulo – Na capital o ato se concentrou em frente ao MASP, na Avenida Paulista. Após intervenções de sindicalistas e estudantes os manifestantes saíram em marcha rumo à Praça da República em frente a Secretaria de Estado da Educação. A Polícia Militar tentou impedir a passeata, não autorizando a saída do caminhão de som alegando “pneus carecas”, mas um outro caminhão foi deslocado para garantir a passeata. Houve atos em outras cidades, como Araçatuba, Bauru, Campinas, Itapeva, Osasco, Penápolis, São Car­los, São José dos Campos, Santos, Santo André, Sorocaba, Presidente Prudente e Taubaté.

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