No dia 28 de outubro, em segundo turno, será eleito o presidente do país. O que está em jogo é muito mais que um mandato para os próximos quatro anos.
Para a classe trabalhadora e de todas as camadas oprimidas, é seu direito a ter direitos, para a juventude é o direito a um futuro e para a nação é o direito à soberania, ou abdicar dela, batendo continência à bandeira dos Estados Unidos, como faz Jair Bolsonaro.
Nascido do ventre das instituições golpistas e apodrecidas, o candidato do PSL, que chega ao segundo turno como primeiro colocado, representa todos os interesses que ensejaram o golpe. Mas, é possível virar o jogo. Mesmo que sustentado pelas forças poderosas do capital financeiro apoiado nas instituições e partidos que lhes prestam vassalagem, o farsante Bolsonaro pode ser derrotado nas urnas. A farsa do candidato anti-sistema, sistema do qual é expressão genuína.
A passagem do PT, com Haddad, para o segundo turno, apesar da dura perseguição ao partido orquestrada pelo Judiciário e pela mídia e da fraudulenta impugnação da candidatura de Lula, é uma primeira vitória.
O PT nascido para lutar contra este sistema cristalizado hoje na figura do ex-capitão, enraizou-se nas camadas oprimidas e sobrevive. Não apenas chegando ao segundo turno, como elegendo a maior bancada no Congresso.
Já os principais partidos das classes dominantes, articuladores do golpe, PSDB e MDB em particular, amargam um derretimento.
É o PT, como mostram os apoios de partidos que se somam à candidatura Haddad no segundo turno, que pode, neste momento no terreno eleitoral, conduzir a luta pela retomada da democracia e dos direitos solapados pelos golpistas.
É do governo do PT, como mostra o apoio dado pelas centrais sindicais a Haddad, que se espera a revogação da contrarreforma trabalhista ou a PEC “da morte” que limita os gastos públicos, como afirmam em documento. Neste documento entregue a Haddad, as centrais afirmam também que o apoiam pelo compromisso na “manutenção da Previdência Social como política pública e a valorização das aposentadorias.”
É a candidatura do PT que mobiliza a juventude na luta pela retomada do direito à educação pública, como mostram as massivas assembleias que vêm ocorrendo em diversas universidades do país.
Serão duas semanas de uma dura batalha. A batalha para num diálogo nos bairros, nas escolas, nas fábricas para afirmar o voto 13 e o que ele representa: a defesa da democracia e dos direitos. Este diálogo pode mudar, inclusive, o voto de um trabalhador que, confuso e submetido às duras condições de vida a que foi jogado pelo golpe, votou no primeiro turno equivocadamente em Bolsonaro, sem entender que ele é seu principal inimigo.
Tudo se concentra na luta para eleger Haddad e, uma vez eleito, reunir a força para impedir que o novo Congresso saído das urnas, cuja configuração foi saudada pelo mercado, prossiga atacando direitos. Eleger um governo do PT que devolva a palavra ao povo e, através de uma Constituinte, recoloque o país na via da conquista de novos direitos e de uma verdadeira democracia.
Os próximos dias são decisivos para a vida da classe trabalhadora e de todas as camadas oprimidas.
Organizar os comitês para ir de porta em porta, realizar panfletagens, conversar com os amigos, colegas e familiares. Nada é mais importante!
É voto Haddad, o candidato de Lula e do PT para derrotar o golpe e seu produto, o ex-capitão.
É voto 13, pelos direitos, pela democracia!