O 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, se realiza num momento duro. Com a guerra desencadeada pela Rússia na Ucrânia, há um lastro de destruição que impacta em todos os países.
No Brasil a situação dos trabalhadores se agrava, os empregos prometidos com as contrarreformas da previdência e trabalhista são precários, menos salários, menos direitos e os preços dos alimentos dispararam. Mas, ao lado do desespero dos metalúrgicos da Toyota contra a mudança da fábrica do ABC, da CSN em Volta Redonda e dos servidores por reajustes salariais, vem também a disposição de luta.
Ato nacional em São Paulo
O ato nacional do 1º de Maio foi convocado para a Praça Charles Miller, no Pacaembu, tendo como eixo “Empregos, Direitos, Democracia e Vida”. No fechamento desta edição a CUT não havia ainda discutido o assunto.
O 1º de maio deve ser o momento de exigir o aumento geral de salários, congelamento de preços dos alimentos, além de levantar bem alto a bandeira internacionalista: “Não à Guerra!”.
Revogar a contrarreforma trabalhista
Será preciso reforçar a bandeira de luta pela revogação das reformas trabalhista e previdenciária. Afinal, no dia 14 de abril, um dia após a Direção Nacional do PT aprovar a aliança com PSB, Lula e Alckmin se reuniram com sindicalistas da CUT, Força Sindical, UGT, NCST, CSB, Intersindical e “Pública” num ato político no qual foi apresentada a pauta da classe trabalhadora para as eleições.
Mas na pauta, quando se fala dessas contrarreformas, propõe “revogar os marcos regressivos da legislação trabalhista e previdenciária (…)”, bem diferente da Plataforma da CUT que propõe “a revogação”.
Ainda no encontro, Lula disse que quer “uma parceria com as centrais para reconstruir o Brasil, mas queremos também chamar os presidentes da Fiesp, da Febraban (…). A mesa de negociação vai ser coordenada pelo vice-presidente, não pelo presidente. Vai ter os dirigentes sindicais e empresários…”.
João B. Gomes