Centenas de milhares de pessoas voltaram às ruas neste dia 24 de julho, dessa vez em pelo menos 509 cidades, de acordo com o levantamento da “campanha Fora Bolsonaro”.
Predominou nas manifestações a exigência de fim deste governo e uma enorme disposição para lutar contra os ataques à democracia e aos direitos. Em diversos atos se destacavam as faixas e cartazes reivindicando o avanço da vacinação e o aumento do auxílio emergencial, pautas oficiais da campanha, mas também a luta contra as privatizações, contra a reforma administrativa, em defesa da educação pública, do SUS e de testagem em massa, da moradia, do emprego e do combate à fome.
As forças armadas, que nos fatos protagonizam uma tutela militar exercida no governo Bolsonaro (com base no artigo 142 da constituição), também foram alvo preferencial dos protestos.
Para o Diálogo e Ação Petista (que os militantes de O Trabalho ajudam a construir), presente em pelo menos 50 cidades, foi o momento de destacar o fato de que “ninguém aguenta mais” este governo e a tutela, reivindicando “fora Bolsonaro e seus generais”.
O DAP também começou a levar às ruas a luta por uma Assembleia Constituinte Soberana, bandeira democrático-revolucionária, para um novo governo, com Lula Livre, que enfrente a podridão do conjunto das instituições que estão contra o povo, estabelecendo justiça social e soberania nacional.
As colunas do DAP avançaram em várias médias e pequenas cidades, especialmente depois da 2° Plenária Nacional, realizada no dia 10 de julho, que deu ânimo para a preparação das próximas manifestações, que devem continuar.
É preciso ampliar a convocação, com panfletagens, banquinhas, carros de som, num diálogo com o povo que está cada dia mais indignado com o governo Bolsonaro. É o chamado ao povo para que entre em cena o que temem os Bolsonaristas, como ficou demonstrado no episódio da mais recente prisão inaceitável do vereador negro Renato Freitas, em Curitiba. Renato, que também esteve na plenária nacional do DAP, convocava os manifestantes ao ato do dia 24J quando foi atacado por um provocador Bolsonarista e depois preso de forma violenta e racista pela Guarda Municipal, num episódio preocupante e indignante, mas incapaz de deter a presença do próprio Renato e de milhares de pessoas na manifestação do dia 24J.
Renato na tarde dessa sexta, convocando para o ato Fora Bolsonaro A prisão violenta e racista de Renato
Ainda não há uma data definida para a próxima manifestação. Apesar da capilaridade demonstrada no número de cidades, o número de manifestantes, na melhor das hipóteses, estagnou. Um desafio para os organizadores do movimento.
A estreia do “bloco democrático”, tentativa de alguns partidos e organizações de integrar setores da direita nas manifestações, foi um fiasco. Capitaneado pelo PC do B, com PSDB, Cidadania, PSB, PDT, Força Sindical, CTB, UNE e outros na paulista, o bloco não reuniu mais do que duzentas pessoas.
Confira as fotos de algumas das manifestações pelo país
São Paulo
Coluna do DAP em Santos São Carlos Ribeirão Preto Faixa contra o genocídio em SP, capital A coluna do DAP na Av. Paulista São Paulo Ato em SP reuniu milhares de pessoas
Minas Gerais
Belo Horizonte Belo Horizonte Juiz de Fora Juiz de Fora Santos Dumont Andrelândia Bom Jardim de Minas Uberlândia Tumiritinga Cataguases Leopoldina Timóteo
Bahia
Salvador Cruz das Almas Vitória da Conquista Feira de Santana Amargosa
Ceará
Juazeiro do norte Morada Nova Quixadá Fortaleza
Alagoas
Maceió Arapiraca Palmeira dos Índios
Santa Catarina
Florianópolis Joinville
Rio Grande do Sul
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro Volta Redonda
Goias e Distrito Federal
Goiânia Brasília
Mato Grosso
Cuiabá Cáceres
Pernambuco
Recife Santo Antão
Sergipe, Paraíba, Espírito Santo
Aracaju João Pessoa Vitória