7° Congresso do PT: avançar ou recuar, eis a questão!

Nove chapas se apresentam ao 7º Congresso “Lula Livre”. Não se construiu, ainda, pelo menos nesta etapa da eleição dos delegados ao Congresso Nacional (22,23 e 24 de novembro, em São Paulo), a mais ampla unidade, necessária para colocar o PT à altura da luta pelo fim do governo Bolsonaro. As divergências, normais e salutares, seguirão existindo e sendo discutidas, mas a tarefa central do 7º Congresso pede este esforço. Esta proposta, apresentada pelo Diálogo e Ação Petista, ainda não prosperou.

As nove chapas farão cinco debates re­gionais. Os dois primeiros já ocorreram – Belo Horizonte e Recife. Os próximos serão em Brasília, Manaus e Curitiba.

Nos debates já ocorridos, muitos, perguntam: eram necessárias nove chapas? Têm razão!
Numa situação em que a questão crucial para o povo brasileiro é reunir as condições para derrotar o governo Bolsonaro, o quanto antes, para inter­romper e reverter o processo de destrui­ção em curso, as resoluções aprovadas pelo 6º Congresso e várias das resolu­ções aprovadas por unanimidade pelo Diretório Nacional no último período, dariam a base para construir a mais ampla unidade.

Uma construção para qual a chapa inscrita pelo Di­álogo e Ação Pe­tista continuará se empenhando nas discussões prepa­ratórias à votação do PED em 8 de setembro -debates, reuniões, visitas aos filiados – e nas etapas posteriores de inscrição de chapas para as direções estaduais e nacional.

Para fortalecer a luta do partido no próximo período o 7º Congresso tem um desafio central: aprofundar o curso aberto com as resoluções do congresso anterior, responsável por dotar o PT da capacidade de manter-se em pé e en­frentar a situação urdida desde o golpe. E não recuar, “começando tudo outra vez”, ou seja, repetindo erros que nos fragilizaram e facilitaram a ofensiva do capital financeiro e seus representantes nacionais.

Daí a importância de fazer o balanço, como propõe da chapa do DAP, em particular dos 13 anos de governo do PT. Não para procurar culpados, mas para fortalecer o PT como instrumento na luta para dar um fim no governo Bolsonaro e como uma real alternativa para encabeçar um governo que retome o caminho da construção da soberania nacional, que inclui a retomada dos direitos que es­tão sendo aniquilados. Principal ajuda que o PT pode dar ao povo trabalhador brasileiro e na perspectiva de reforçar a luta em direção ao socialismo.

Misa Boito

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