Militarização, por Lucien Gauthier

Militarização

Lucien Gauthier

A guerra continua com seu rastro de mortos, feridos e refugiados. Os Estados Unidos e os países da Otan continuam a despejar seus fornecimentos de armas pesadas. Em resposta, a Rússia ameaça novos ataques. A escalada continua e está se tornando cada vez mais internacional.

Biden disse, fazendo a comparação e a diferença com a Ucrânia, que se a China tentasse tomar Taiwan pela força, os EUA interviriam militarmente desta vez.

A China respondeu lançando voos sobre as águas territoriais de Taiwan. O chefe do estado-maior do exército chinês disse que se Taiwan declarasse a independência, a China interviria militarmente. E acrescentou que isso seria uma guerra, um confronto com os Estados Unidos, a qualquer custo.

Neste contexto de militarização geral, o encontro de 25 e 26 de junho, na véspera da cúpula da Otan em Madri, deve ser visto como um momento da campanha contra o militarismo e contra a Otan.

Bielorrússia: sindicatos no centro das atenções

O procurador-geral da Bielorrússia enviou um pedido à Suprema Corte para encerrar as atividades de vários sindicatos. Estes incluem o Sindicato Livre da Bielorússia, o Sindicato Livre dos Metalúrgicos, a Associação dos Sindicatos “Congresso Bielorusso dos Sindicatos Democratas”. O relatório do procurador geral afirma que a atividade desses sindicatos “adquiriu um caráter politizado” e estão envolvidos em “atividades destrutivas”.

Volkswagen Russa

A montadora ofereceu a seus 200 funcionários da fábrica de Nizhny Novgorod a “demissão voluntária” com o pagamento de seis meses de salário.

Quinze anos para trás

“As sanções internacionais estão prejudicando a Rússia. Impostas a Moscou após a invasão da Ucrânia, elas estão eliminando cerca de quinze anos de progresso econômico no país”. (AFP, 9 de junho).

Proibição

Uma mídia online na cidade de Pskov, perto da fronteira com a Estônia, publicava uma lista semanal de jovens mortos em combate na Ucrânia, para homenageá-los. O tribunal proibiu a publicação dessas listas e acusou os jornalistas de violar o segredo das perdas do exército russo, um segredo de Estado.

Os negócios continuam

A exposição da indústria de defesa Eurosatory da França espera oficialmente 1.700 expositores de 62 países. Entrevistado pelo jornal Les Echos em 13 de junho, o presidente da Airbus Defence and Space, o ramo militar da Airbus, comenta a decisão da Alemanha de comprar os aviões F-35s dos Estados Unidos. Ele explica: “Isso prova, ao contrário, a necessidade de desenvolver nossos próprios programas de armamento europeus para não sermos obrigados a comprar equipamentos americanos”.

Escalada

Sob a égide dos Estados Unidos, os países da Otan organizam manobras navais no Báltico, com uma centena de navios. Imediatamente, a Rússia destacou cerca de 20 navios de guerra para manobras de treinamento em águas bálticas.

Reavaliação do orçamento do exército francês

Emmanuel Macron anunciou uma “reavaliação” da lei de programação militar de 2019 a 2025, para “ajustar os meios às ameaças”. Ele acrescentou: “A França entrou em uma economia de guerra, na qual, acredito, vamos nos organizar a longo prazo”.

Aumento do preço do trigo

O preço do trigo não é estabelecido em Kiev ou Moscou, mas na bolsa de cereais de Chicago, onde os especuladores estão empenhados em fazer os preços subirem. Os responsáveis pela fome potencial estão em Chicago.

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