A expectativa de milhões com a posse

Os trabalhadores eletricitários saíram à frente e apresentaram à equipe de transição do governo a sua reivindicação. Eles propõem a reestatização da Eletrobras, menina dos olhos do programa de privatização de Bolsonaro (ver página 6) e cuja privatização foi um ataque brutal à soberania nacional. 

É uma demonstração, em grande medida, da expectativa que milhões de trabalhadores depositam no futuro governo Lula. 

É a mesma expectativa dos trabalhadores do Metrô de Belo Horizonte, que assim como os trabalhadores que dependem do Porto de Santos, dos Correios, dos Aeroportos, da Ceasa Minas e de outros órgãos, querem ver cancelados os leilões de privatização que estavam programados para sua área. (ver página 7).

É também a mesma expectativa de milhões de estudantes e professores pelo país, que não suportam mais os cortes na educação (página 2), de milhões de trabalhadores formais e informais que tem necessidade de que a reforma trabalhista seja revogada e de milhões de brasileiros, obrigados a conviver com o caos na saúde deixado pelo governo Bolsonaro (Página 10).

Enfim, é uma expectativa profunda de mudança. Afinal, derrotamos Bolsonaro eleitoralmente. Agora, é preciso derrotar, na prática, com uma política a favor do povo trabalhador e da nação, a política implementada desde o golpe e especialmente durante os 4 anos de governo.

Há muitos obstáculos no caminho. 

A impunidade dos crimes eleitorais cometidos em larga escala por Bolsonaro e seus apoiadores, que encorajam as manifestações golpistas em estradas e na porta de quartéis. A bolsonarização do Estado brasileiro, que vem de longe e que está sendo reforçada aos 45 do segundo tempo com diversas nomeações oportunistas por aquele que ora ocupa o Palácio da Alvorada (veja na página 9).

A insubordinação de amplos setores das Forças Armadas, que pretendem continuar a exercer a sua secular tutela militar sobre o país (ver página 5).

O orçamento herdado do governo Bolsonaro, que deixa terra arrasada em diversos setores, assim como a pressão dos podres poderes (STF e Congresso) que operam em nome dos interesses da classe dominante, e claro, de seus próprios interesses. (ver página 8)

Mas contra estes obstáculos há também, muita disposição para superar essa situação. Petistas de todo o país, apesar das dificuldades, estão se mobilizando para ir à Brasília. Eles vão carregando na bagagem as suas histórias de luta para virar esse jogo, os seus sonhos e suas expectativas.

São essas expectativas que vão explodir em Brasília, em 1° de janeiro, quando Lula tomará posse, contra as ameaças golpistas, diante de dezenas de milhares, que representarão os anseios de milhões.

A militância do Diálogo e Ação Petista está engajada nesse sentido. Ao lado de todos os petistas, os companheiros e companheiras identificados com o DAP preparam nos seus grupos de base, nos diretórios, movimentos e sindicatos em que intervém, as delegações que vão expressar com faixas, pirulitos e panfletos a defesa do respeito ao voto popular e as reivindicações, que procuram expressar os anseios do povo trabalhador brasileiro.

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