Em São Paulo, foi lançado o plebiscito contra privatização da água e saneamento, metrô e trens metropolitanos

Foi dada a largada. No dia 5 de setembro, trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), metroviários, ferroviários e de outras categorias, como petroleiros, além da Coordenação dos Movimentos Populares (CMP), Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), parlamentares e militantes de vários partidos, lotaram a quadra dos bancários em São Paulo na campanha contra a privatização da Sabesp, Metrô e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

Com mais de mil, o ato foi dirigido pelos sindicatos – Sintaema, Metroviários e Ferroviários – e teve falas da CUT, CTB, InterSindical, UGT e CSP Conlutas, além dos partidos PT, PCdoB, PSol, PSB e UP, que centraram fogo no projeto do governador bolsonarista Tarcisio, que pretende vender a SABESP o quanto antes.

O plebiscito vai até o dia 4 de outubro. Foram impressas cédulas e distribuídas urnas com objetivo de coletar um milhão de votos, para dialogar com a população, apresentando os prejuízos da venda da Sabesp, que acabaria com a tarifa social e o subsídio cruzado, políticas que atendem comunidades e municípios que não lucram com o saneamento. O subsídio cruzado permite que 310 dos 375 municípios paulistas atendidos pela Sabesp acessem a universalização dos serviços de saneamento.

No plebiscito, a população está chamada a opinar: “você concorda com a privatização da Sabesp, Metrô e CPTM?” Vamos cravar o Não! E barrar esta ofensiva entreguista do governador Tarcísio.

As urnas estarão distribuídas em estações de trem, metrô e nos bairros em escolas, locais de trabalho e lazer na capital e no interior do estado.

Para isso, urge a construção de comitês de base, nos bairros e cidades, reunindo partidos, sindicatos e movimentos populares da região, para organizar o plebiscito e a divulgação dessa luta, questão que infelizmente não foi tocada no ato. Na construção do plebiscito esta lacuna pode ser resolvida: vamos construir comitês que reúnam todos os setores sociais que querem as estatais para o bem público e não beneficiar o capital privado e vamos, unidos, para a luta!

Barbara Corrales

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