Eleição sem Lula é fraude! Ciro Gomes e Fernando Haddad deveriam saber

Plano B?

Lula foi condenado pelo juiz Moro, com apoio da mídia e dos golpistas, a tempo de obter a confirmação da sentença na segunda instancia, o Tribunal Regional Federal (TRF4), e tirá-lo assim da disputa presidencial pela famigerada lei da “ficha limpa”.

Um outro objetivo de Moro e dos golpistas com isso, foi precipitar em quase um ano o lançamento de candidaturas presidenciais dentro e fora de o PT, postulando a cabeça da oposição. Apareceram ou reapareceram candidatos de inimigos declarados do PT e de Lula, como Marina (Rede), mas também alguns “mui amigos”, talvez mais perigosos.

Com isso, os golpistas esperam, poderia se dividir a resistência à perseguição e con­firmação da sentença de Lula e, desde já, enfraquecer a unidade contra as reformas reacionárias de Temer-Maia.

João Alfredo Luna

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Aonde vai Haddad?

Palestrando pelo país, fala em agenda comum com o PSDB

Citado pela imprensa e pelo próprio Lula para disputar a Presidência, o ex­-prefeito Haddad está se achando.

Em entrevistas diz que não pensa em candidatura “este ano”, mas em plano de governo. As pedras percebem que não é candidato a ministro. Enquanto isso, Haddad assume no PT o estranho personagem de ponte para o PSDB.

Em entrevista à Folha de São Paulo (17/7), foi fundo num balanço: “Haddad: Lembrando da minha época de movimento estudantil, saindo da ditadura… Nós falhamos. Fo­lha: Onde está o erro? Haddad: A verdade é que PT e PSDB, que estruturaram a política desde 1994, cada um à sua maneira manteve o outro refém do atraso. Não tiveram a clareza de que tinham que ter uma agenda comum, do ponto de vista institucional, que passava pela reforma política”.

“Nós falhamos”!?

Poderia ser mais um pedido de desculpa de petista dizendo o que a imprensa quer ouvir: critica não os erros, mas os acertos!

PT e PSDB ficaram reféns do “atraso”, leia-se do PMDB, mas por razões opostas. O PSDB, para sustentar a privatização e a regressão social, teve no PMDB um parceiro leal no quadro do funcionamento das instituições. O PT, para fazer as reformas estruturais sem enfrentar as instituições, p e n s o u nele como parceiro da maioria institucional: terminou sem reformas, traído e apunhalado.

Fazer o balanço de que faltou uma “agenda comum” PT-PSDB de reforma política é ridículo: com voto distrital ou proporcional, financiamento público ou empresarial? São algumas divergências PT-PSDB.

Mas Haddad vai em frente. Dia 20, na GloboNews, bateu seu recorde: propôs um acordo “institucional” PT-PSDB, “para proteger a sociedade da barbárie”. E defendeu o mais um forte presidenciável do PSDB, Alckmin, da acusação de corrupção, “é um homem correto, trabalhei 4 anos com ele”.

Para nosso leitor não precisamos lem­brar o “trensalão” ou a merenda escolar. Ao nosso leitor, chamamos a repelir a empulhação do desorientado Haddad: o PSDB é parte da barbárie contra a qual um acordo se faria! Acordo com ele para parecer amplo é errado. E burro eleitoral­mente, pois o PSDB dividido derrete e o PT, apesar de certos líderes, cresce.

JAL

Ciro Gomes não dá!

Candidatíssimo diz que é preciso “moderar e prestigiar os deputados”

Ciro Gomes, hoje no PDT, é a principal velha novidade.

Há poucas semanas, dizia que só seria se Lula não fosse candidato, em palestras e entrevistas onde distribuía uma retórica de agrado da esquerda, pensando no futuro. Bastou Lula ser condenado, para mudar sem explicação – é candidato contra Lula.

Tem quem aplauda, o PCdoB, por exemplo. Na sua busca meio fantasmagórica de “frente ampla com o centro”, Ciro seria um nome. Até criaram um incidente para trazê-lo como palestrante, contra a posição da CUT, na última plenária da Frente Brasil Popular. Quando Ciro aproveitou para uma entrevista “gauche” a um deslumbrado e acrítico Brasil de Fato, o órgão da Consulta Popular.

Quem pode confiar na retórica de circunstancia de Ciro Gomes? Prócer da oligarquia Ferreira Gomes de So­bral, Ceará, ele foi deputado, prefeito, ministro e governador dos partidos mais contraditórios em que fez carreira – PDS, ex-Arena (1980 –1983), PMDB (1983 –1988), PSDB (1988 –1996), PPS (1996 –2005), PSB (2005 –2013), PROS (2013 –2015) e PDT (2015). Mi­nistro da Fazenda, no fim do governo Itamar, em sintonia com o candidato FHC, seu decreto de “abertura de mer­cado” quase destrói a indústria automo­bilística do ABC não fosse a resistência dos operários.

“Sou mocinha vivida e tal”

De lá pra cá, Ciro amadureceu?

Ao jornal empresarial Valor (18/7), ele abriu o coração. Fez o balanço dos governos Lula-Dilma oposto à reava­liação da coalizão. ‘“Não sou poeta, mocinha que chegou ontem no bar. Sou mocinha vivida e tal”, disse ao comentar o peso que o PMDB na Câmara em qualquer governo. Segundo Ciro, é preciso “moderar as promessas, negociar, negociar, compor e prestigiar os deputados”.

Não é reformar as instituições, é “moderar, compor e prestigiar os de­putados” do PMDB! Um programa digno de, termo elegante, uma dona de cabaré!

JAL

 

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