Neste 6 de março dezenas de milhares de trabalhadores em Brasília cobram do governo federal e do legislativo o atendimento de suas urgentes reivindicações.
A CUT, junto com outras centrais, levanta a exigência de 40 horas já, fim do fator previdenciário, mais recursos para a Educação e Saúde públicas, Reforma Agrária, negociação coletiva para os servidores públicos e garantia no emprego contra a rotatividade e as demissões imotivadas.
Falta na pauta comum das centrais a luta contra as privatizações, a mesma que mobilizou mais de 30 mil trabalhadores que fizeram greve em 36 portos brasileiros contra a MP 595 que aumenta a privatização e ameaça direitos. Por seu lado, os petroleiros se mobilizam contra um novo leilão de petróleo previsto para maio.
Falta também a exigência do fim da política de desoneração dos 20% que os empresários devem pagar ao INSS, que ameaça o futuro do conjunto da classe trabalhadora. Só em 2012, a Previdência deixou de arrecadar 4 bilhões de reais, e o Tesouro só cobriu 1,7 bilhão deste rombo provocado pela troca da contribuição em folha por taxas mínimas sobre o faturamento das empresas. Para 2013 se prevê a perda de 15 bilhões, com a extensão da benesse a outros setores econômicos.
Diante da crise mundial do imperialismo, o governo adotou medidas que beneficiam grandes grupos capitalistas nacionais e estrangeiros – isenções de impostos (como o IPI), juros subsidiados do BNDES – sem qualquer contrapartida de garantia de emprego, direitos e salários para os trabalhadores, enquanto multinacionais beneficiadas remetem bilhões dos lucros obtidos para suas matrizes no exterior, que deixam de ser investidos no Brasil.
CHEGA DE CONCESSÕES E DESONERAÇÕES, NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES!
Esta Marcha reafirma a disposição dos trabalhadores de não pagarem os efeitos da crise mundial e exige, na prática, uma outra política do governo federal: maiores e melhores salários, garantia no emprego, efetiva reforma agrária, fortalecimento dos serviços públicos com o fim das Organizações Sociais e retomada para a nação do que foi privatizado!
Se essas medidas forem recusadas pela “base aliada” do governo encabeçado pelo PT, cheia de inimigos dos trabalhadores, que se rompa com eles e se governe com o apoio das organizações dos trabalhadores e da maioria oprimida de nosso povo!