Vem luta!

No dia 8 de novembro a bolsa de valores fechou em baixa e o dólar em alta. O mercado financeiro, como expressão de fatores, como por exemplo a frustração com o leilão do petróleo e ávido que é para subjugar os países e os povos aos seus interesses, registrava também a reação à soltura de Lula.

Depois de 580 dias de uma prisão injusta, fruto de fraudes e manobras das instituições serviçais ao capital financeiro, Lula solto – mas ainda condenado – conturba os planos arquitetados desde o golpe de 2016.

A recente Medida Provisória (MP) que cria a carteira verde amarela, com empregos sem diretos para os jovens, taxando em 7,5% o seguro desemprego, e as Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) encaminhadas ao Congresso pelo governo, dão mostras da perversidade que representa para o povo trabalhador e a soberania nacional a política que embalou o golpe e a eleição de Bolsonaro.

Lula fora da prisão – mas ainda condenado – é um fator de ânimo para a resistência do povo que neste primeiro ano de governo Bolsonaro, ainda que com dificuldades, não deixou de lutar. Ânimo demonstrado na recepção a Lula diante do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, no último dia 9.

Ânimo para a luta dos trabalhadores, espinhos para a burguesia que em editoriais de seus jornalões revela pânico com a possibilidade do fortalecimento da luta. A começar da luta pela anulação de todos os processos contra Lula que continua com a condenação que o tirou das eleições de 2018.

O pânico da burguesia vem também do exemplo da luta do povo chileno. Mais atormentados ficam quando em discurso em São Bernardo, Lula relaciona a situação das condições de vida do povo chileno com omodelo que pretendem implantar também no Brasil e chama solidariedade à luta que há 26 dias convulsiona o Chile.

Mas a ferocidade do capital financeiro não tem limites. No dia 10 de novembro foi consumado o golpe imperialista que vinha sendo orquestrado na Bolívia, com digitais do governo brasileiro.

A ofensiva do capital financeiro só poderá ser freada com a luta do povo que já não aguenta mais ser sacrificado em benefício da especulação.

Não há tempo a perder, não há o que esperar desse governo e os que apoiam sua política.

O ânimo que a soltura de Lula representa deve ser canalizado para reforçar a luta para terminar com o sofrimento do povo trabalhador brasileiro.

Começando pelo enfrentamento, em unidade das organizações dos trabalhadores, das recentes medidas de Bolsonaro, MP e PECs, destruidoras da nação e dos direitos.

Neste cenário, nacional e internacional, de confronto entre os interesses do imperialismo e os interesses dos povos que querem viver, vai se reunir o 7º Congresso do PT.

A reação do mercado e da burguesia, diante da soltura de Lula, indicam mais que a preocupação com uma liderança inconteste. Temem o lugar que o PT pode ocupar na luta pelo fim do governo Bolsonaro, para reverter a situação imposta ao país com o estado de exceção instalado em 2016.

E o PT, em benefício do povo trabalhador, deve ocupar este lugar! Este é o desafio do 7º Congresso. Para ajudar a responder este desafio, o Diálogo e Ação Petista, que a Corrente O Trabalho ajuda a construir, apresenta propostas ao 7º Congresso (ver Pag. 4).

Nós dirigimos aos nossos leitores para que ajudem a sustentar nosso combate, comprando o Calendário OT de 2020, contribuindo para sustentar nosso combate.

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