A chapa “A Gente que Lute” venceu as eleições para o Diretório Central da Universidade de Brasília (UNB) com 7.143 votos, o grupo direitista “Aliança Pela Liberdade” teve 2.376. A pancada na “Aliança”, que dirigiu a entidade nos últimos anos e defendia parcerias com iniciativa privada, veio no rastro da resistência estudantil. A chapa composta pela Juventude do PT, PCdoB, Psol e PCB, venceu com um programa de defesa da universidade, tendo como centro o combate a adesão ao programa “Future-se” e aos cortes no orçamento. O ânimo é de mobilizar os estudantes em assembleias, para engrossar a resistência contra o governo Bolsonaro.
Muitos estudantes vinham demonstrando essa vontade de lutar contra os ataques do governo federal desde antes, com destaque para a manifestação de 15 de maio que parou a universidade e encheu a Esplanada dos Ministérios. Essa resistência obrigou o Ministério da Educação a recompor parte importante do orçamento recentemente. Na campanha diversos cursos colocaram suas reivindicações em cartazes exigindo mais investimentos. A UNB vem sofrendo o sucateamento. O Restaurante Universitário subiu de preço, centenas de funcionários foram demitidos, houve cortes no transporte e as reformas do campus paralisaram por falta de verba. Tudo isso refletiu na eleição e a chapa venceu em 15 das 16 seções eleitorais com quase 10 mil estudantes participando.
A chapa defendeu o Lula Livre, uma bandeira democrática indispensável na resistência da juventude.
No ato de posse da nova diretoria, o coordenador geral do DCE Victor Caique da Juventude Revolução do PT chamou os Centros Acadêmicos da UNB a fortalecer a luta em defesa da universidade e combater esse governo. Garantir o ensino público, gratuito e de qualidade com bolsas e assistência estudantil exige derrotar Bolsonaro e seu projeto de destruição das universidades.
Hélio Barreto