Com Gaza bombardeada e sob a ameaça de uma intervenção terrestre do exército israelense,
a situação atual na Palestina é uma expressão concentrada da situação mundial. A região do Oriente Médio foi atingida por uma onda desagregadora, na sequencia do Iraque e Síria. A crise de dominação estadunidense, em escala mundial, se expressa, uma vez mais, na sua incapacidade de controlar a “ordem”, como demonstrou a queda de Mossul e a tomada de uma parte do Iraque pelo grupo “Estado Islâmico no Iraque e no Levante” (Isil, da sigla em inglês).
Tentando controlar esses acontecimentos o imperialismo estadunidense teve que se voltar para o Irã, em detrimento de seus aliados tradicionais: a Arábia Saudita e Israel. Isso só fez agravar as contradições em toda a região.
Os dirigentes do Estado de Israel tentam utilizar essa situação para desferir novos golpes às massas palestinas que, nas últimas semanas, engajou um processo de mobilização em Gaza, na Cisjordânia, e até as fronteiras de 1948[1]
É a demonstração de que o que chamamos de revolução palestina continua sendo um perigo mortal não somente para os dirigentes do Estado de Israel, mas também para os dirigentes do imperialismo estadunidense.
Não é demais lembrar que Estado de Israel foi criado em 1948, sob o patrocínio da burocracia stalinista da URSS, com base na discriminação, na expulsão do povo palestino, na negação de seus direitos. Desde então, estabeleceu-se um consenso geral de todos os aparatos dirigentes, dos Partidos Comunistas e Socialistas, incluindo o Secretariado Unificado (pablista) para dizer que a existência do Estado de Israel, tal qual fundado em 1948, não pode ser questionada. E que a única perspectiva “progressista” seria a criação de um “Estado” palestino ao lado de Israel.
Mas 20 anos depois da assinatura dos acordos de Oslo[2] está provado que a solução de “dois Estados” levou exatamente à situação que vive hoje o povo palestino. De um lado está Israel cuja própria essência é desconhecer todo limite ao seu “direito imprescritível de colonizar toda a Palestina”. De outro estão os “territórios” -Cisjordânia e Gaza – que representam apenas 12% do território histórico da Palestina; verdadeiras prisões a céu aberto e totalmente submetidas às exigências e imposições do governo israelense.
É nesse consenso – da existência de “dois Estados”, defendido por todos os aparatos dirigentes da “esquerda” e da “extrema esquerda” internacional, incluindo as direções palestinas – que o imperialismo estadunidense e o Estado de Israel se apoiam para manter o povo palestino na atroz situação na qual ele hoje se encontra.
Desde 12 de junho, o sequestro de três jovens colonos israelenses na Cisjordânia provocou as maiores operações de limpeza e controle da população palestina desde a segunda Intifada[3]. As forças israelenses compostas principalmente por soldados originados das colônias da Cisjordânia marcham sobre as cidades e vilas palestinas arrasando tudo pelo caminho. Destroem casas, espancam crianças, prendem maciçamente. Já são mais de 400 prisões, milhares de interpelações.
E nada disso se faz por acaso. Junto com alguns outros, os palestinos que agora estão sendo presos são os mesmos que haviam sido libertados por ocasião do acordo envolvendo o soldado israelense Shalit, em 2011. São, na maior parte, militantes e dirigentes do Hamas[4].
Portanto, a lista de quem deveria ser preso estava preparada de antemão. O objetivo dessa operação de “limpeza” é, evidentemente, dificultar a aplicação do acordo alcançado em abril de 2014 entre o Hamas e a Fatah[5].
Lembremos que foi na discussão desse acordo, marcada pela recusa da Fatah de romper a cooperação na área de segurança com o exército de ocupação israelense que levou diversas organizações a sair da reunião, entre elas a FPLP (Frente Popular para a Libertação da Palestina, que também integra a Organização Pela Libertação da Palestina (OLP).
Definitivamente, foi uma Fatah enfraquecida dependendo exclusivamente de financiamentos externos que passou um acordo com um Hamas não menos enfraquecido, quando foi praticamente privado de suas fontes de financiamento. Esse acordo previa a constituição num prazo de cinco meses de um novo governo sob a presidência de Mohmound Abbas (dirigente da Fatah e atual presidente da Autoridade Palestina) avalista dos acordos com o ocupante israelense. Seis meses mais tarde deveriam ser convocadas eleições para o Conselho Legislativo da Autoridade Palestina.
A descoberta dos corpos dos jovens colonos israelenses provocou uma onda sem precedentes de manifestações anti-árabes no interior do Estado de Israel. Sem prova alguma (geralmente os dirigentes políticos de Israel não precisam provar nada), Netanyahou (primeiro-ministro de Israel) acusou o Hamas. E, a partir do início de julho, apenas um ano e meio depois da última operação militar israelense de novembro de 2012 um novo dilúvio de fogo se abate sobre a Faixa de Gaza (300 incursões aéreas só no dia primeiro de julho).
Em alguns dias 172 pessoas entre mulheres, crianças, idosos, homens; civis na sua maior parte foram mortos. Milhares foram feridos e centenas de prédios destruídos. De acordo com as autoridades israelenses, mil alvos foram atingidos em Gaza.
Ora, a Faixa de Gaza tem 460 km2 e 1,8 milhão de habitantes, dos quais 50% têm menos de 18 anos. São 5 mil pessoas por km2. Mil alvos atingidos significa que toda a Faixa de Gaza foi atingida!
Tomada como refém, a população está presa, sem poder sair, submetida a um terrível bloqueio pelas autoridades israelenses, mas também pelo Egito que reforçou sua fronteira com a Faixa de Gaza desde a chegada ao poder do general Sisi e não deixa passar praticamente ninguém.
Dentro do Estado de Israel a situação permanece extremamente tensa. Até aqui, as manifestações de palestinos que vivem dentro de Israel eram marcadas por confrontos com a polícia israelense. O fato novo, e muito importante, que surge no período mais recente é o aumento do número de confrontos, enfrentamentos e provocações de grupos de judeus israelenses contra os palestinos que vivem dentro de Israel (chamados de “palestinos do interior”).
Desde a descoberta dos corpos dos três jovens colonos israelenses, as redes sociais israelenses foram inundadas por apelos à vingança. Manifestações anti-árabes ocorreram nas cidades de Jerusalém, Jaffa e Haifa. Depois do início de julho, os testemunhos sobre esse tipo de agressões são quotidianos e cada vez mais numerosos. Inúmeros deputados e dirigentes políticos israelenses organizaram manifestações onde gritavam “morte aos árabes” e exigindo, especificamente, que seja retirada a nacionalidade dos “árabes israelenses”. O ponto culminante dessa onda de brutalidades foi o linchamento de um jovem palestino, Mohamed Abou Kdheir, queimado vivo por seis israelenses que vivem nos territórios de 1967[6] e o espancamento, muito divulgado pela mídia, de outro jovem palestino que, ademais, é de nacionalidade estadunidense. Multiplicam-se as expedições repressivas com linchamentos e ameaças de expulsão de palestinos do interior além de bloqueios, bombardeamentos, esmagamento físico dos palestinos dos territórios de 1967. O Estado de Israel mostra qual é sua verdadeira natureza.
Os autores do linchamento do jovem palestino foram qualificados de “extremistas judeus”. Mas eles não serão o produto de uma sociedade baseada na rejeição, na negação, do direito de existência do povo palestino sobre sua própria terra?
Negação que toma a forma de uma política continuada de “limpeza étnica” da Palestina, prosseguindo com a Nakba[7] de 1948, que ocorreu na sequencia da divisão da Palestina e criação do Estado de Israel.
A situação atual é produto da aplicação da linha de dois Estados, que só pode ser implantada mediante a existência de um Estado pretensamente Judeu, dominador e armado até os dentes, com um pseudo “Estado” palestino derrisório e completamente cercado, como definiram os acordos de Oslo de 1993. Tais acordos estabeleceram a constituição de uma Autoridade Palestina cujo principal mandato era controlar as massas palestinas a serviço do exército de Israel.
Vinte anos depois, segundo um artigo publicado no Diário Haaretz, de nove de julho, somente 10% da população palestina apoia Abbas, literalmente arruinado em virtude de sua colaboração com Israel.
Na sequencia dessa escalada de violência, grupos de palestinos de todo o país, inclusive nos territórios de 1948, hoje controlados por Israel, tomaram a iniciativa de constituir comitês populares a fim de proteger suas cidades e vilas contra os possíveis ataques. Tais comitês são compostos de jovens voluntários que vigiam todas as noites as principais entradas de suas localidades.
É toda uma nova geração de jovens palestinos que se levanta buscando organizar-se por si mesma e seguindo o modelo da geração que se sublevou em dezembro e 1987 (primeira Intifada) e depois em setembro de 2000 (segunda Intifada).
Importa ressaltar que duas manifestações organizadas pelo movimento de jovens, em Acre, dia 8 de julho e em Nazaré no dia 9 de julho, foram barradas por dirigentes de partidos palestinos do interior impedindo os jovens de manifestar-se nas vias principais. Os prefeitos das grandes cidades e vilas palestinas de 1948, na maior parte membros do Partido Comunista, prometeram à polícia israelense acalmar a situação. De seu lado, a grande massa de jovens decidiu boicotar as manifestações oficiais convocadas pelos partidos palestinos.
Crise do Estado de Israel e crise de suas relações com o imperialismo estadunidense
Depois da guerra do verão de 2006 contra o Líbano, quando o exército israelense foi derrotado pela resistência organizada da população libanesa, o Estado hebreu realiza regularmente operações de bombardeios maciços sobre a Faixa de Gaza.
Mas, o que se passa atualmente tem um alcance diferente e precisa ser relacionados aos mais recentes acontecimentos no Iraque, onde a queda da cidade de Mossul e a ofensiva contra Bagdá pelo “Estado Islâmico no Iraque e no Levante”, empurra a potencia estadunidense a procurar novas alianças, particularmente com o Irã.
O impasse no qual se debatem os círculos dirigentes do imperialismo estadunidense não para de provocar “danos colaterais”. Por diversas vezes, o governo israelense pressionou Obama rejeitando com desprezo as propostas de John Kerry (Secretário de Estado dos EUA, equivalente a Ministro das Relações Exteriores) referentes à retomada do “processo de paz”. Em abril último, John Kerry provocou a cólera do Primeiro Ministro israelense, Netanyahou, ao declarar perante um grupo de altos funcionários internacionais que “a solução de dois Estados teria que ser colocada em prática como a única verdadeira alternativa. Porque um Estado único só poderia ser ou um Estado de apartheid com cidadãos de segunda classe ou então acabaria sendo um Estado que iria destruir a capacidade de Israel ser um Estado judeu (…). No momento em que vocês assimilarem essa idéia em seus espíritos compreenderão o quanto é imperativo render-se à solução de dois Estados, à qual, ambos os líderes (palestino e israelense) disseram ainda ontem que permanecem profundamente apegados”.
Alguns dias depois, em 1o. de maio, respondendo a J. Kerry, Netanyahu anunciou sua intenção de promulgar uma lei para “estabelecer um âncora constitucional para assegurar o status de Israel como Estado-nação do povo judeu”, confirmando de fato suas verdadeiras intenções e provocando uma crise no Estado hebreu com os partidários da solução de dois Estados, como o ex-primeiro ministro Tsipi Livni.
A qualificação – ou o debate aberto – do Estado de Israel como um Estado de apartheid é frequente na imprensa israelense. Mas tal afirmação na boca de um Secretário de Estado estadunidense era, até aqui, inédita (apesar de que, nos fatos, de uma forma diferente do que viveu a África do Sul, Israel foi concebido, desde sua origem, de certo modo como um Estado de apartheid).
A impossibilidade de equacionar a solução de dois Estados de outra maneira que a atual, que, de fato, bloqueia toda possibilidade de estabilizar a situação deixam inquietas as grandes potencias. Com efeito, trata-se da sobrevivência do Estado hebreu, elemento fundamental para a manutenção da ordem no Oriente Médio.
Para o imperialismo estadunidense, essa orientação se integra àquela que visa a fazer refluir, pela guerra e pela violência se necessário, os processos revolucionários na Palestina, Líbia, Tunísia, como já foi feito no Egito. Mas toda restrição territorial se choca com a própria lógica da existência do Estado de Israel que, por definição, reivindica a terra, toda a terra da Palestina.
O Estado de Israel, elemento essencial da ordem imperialista no Oriente Médio, sai sempre reforçado do enfraquecimento ou do desmoronamento dos governos dos países árabes. Os laços de dependência que ele mantém com o imperialismo não o impedem de desenvolver seu próprio jogo em relação com sua lógica específica, a saber, uma Palestina sem palestinos.
O Estado de Israel, expressão mais avançada da reação em toda linha que caracteriza a época do imperialismo, é prisioneiro de suas próprias contradições. O prolongamento da Nakba depois de 65 anos é o que origina a radicalização de uma camada da população israelense que pede abertamente a erradicação dos palestinos da terra da Palestina constituindo um “Estado Judeu” exclusivo.
A tensão atual reforça o fanatismo de numerosos israelenses, educados na perspectiva de uma possível destruição dos Judeus. Fala-se mesmo da possibilidade de se constituir em Israel um movimento insurrecional de israelenses similar à OAS[8] que praticava atentados na Argélia francesa.
Mas esse mesmo estado militar-policial, quadro de corrupção e enriquecimento para alguns, especialmente os empreendedores imobiliários e os desenvolvedores de tecnologias de vigilância e de uso militar, lança massas cada vez maiores de judeus para baixo da linha de pobreza ou semi-pobreza.
O grau de apodrecimento do Estado hebreu, que precisa se declarar em guerra permanente, se aprofunda na medida em que se aprofundam as contradições nas quais se encontra mergulhado o imperialismo estadunidense. Hoje, a aceleração da situação no Iraque, a volatilização da “resistência” síria sustentada pelos Estados Unidos empurra o imperialismo estadunidense a se apoiar no Iran, principal potencia regional (e que procura levantar o embargo que pesa sobre si) em detrimento de seus aliados no Golfo Pérsico, notadamente a Arábia Saudita.
A ordem estadunidense apoiada há décadas nas frações parasitárias corrompidas da região do Magreb[9] e do Oriente Médio foi abalada pelos processos revolucionários na Tunísia e no Egito que derrubaram ditaduras pro-imperialistas. Embora, hoje, esses processos tenham sido contidos, o imperialismo considera que tudo pode ressurgir a qualquer momento, porque, por trás de tudo, continua colocada a questão da soberania dos povos, especialmente nessa região petroleira.
É nessas condições de crise da dominação estadunidense que os dirigentes do Estado de Israel avançam, há um mês, na confrontação com os palestinos e também com o Irã. Numa região onde a luta de classes toma a forma da guerra, esses dirigentes provocam a guerra como o único meio de assegurar a sobrevivência do Estado de Israel e seu pessoal. Mas falta-lhes a capacidade de concretizar as ameaças contra o Irã, estando eles próprios confrontados a uma crise interna sem precedentes. Esse reequilíbrio com o Irã, em nome de uma “real politik”, também empurra o Estado de Israel a ir cada vez mais longe na repressão maciça contra os palestinos.
A Quarta Internacional e o direito dos povos
Para defender sua ordem ameaçada e prosseguir sua política de pilhagem e exploração, o imperialismo deve desagregar as Nações e os Estados e opor-se pela força à soberania dos povos. As divisões e contradições que existem nas cúpulas do imperialismo estadunidense dizem respeito à maneira de operar para restabelecer a ordem. Mas, seja qual for a maneira de intervir, todos estão de acordo sobre a necessidade de esmagar os processos revolucionários.
A 4ª Internacional sustenta incondicionalmente o combate revolucionário dos povos por sua independência e soberania. Defender o povo palestino é defender o direito de todos os povos. O novo sofrimento sangrento imposto ao povo palestino é, tão somente, o produto da política do imperialismo estadunidense que, em 1947, com a ajuda da burocracia soviética, organizou a divisão da Palestina. A situação atual é o produto de toda a política do imperialismo estadunidense nestes últimos sessenta anos. Foi a administração estadunidense que impôs, em 1978, os acordos de Camp David entre o Egito e Israel e que levaram, pela primeira vez, a que um país árabe reconhecesse o Estado de Israel.
Foram esses acordos que, em seguida, permitiram ao imperialismo estadunidense impor a assinatura dos acordos de Oslo em 1993 pelos quais a direção da Organização pela Libertação da Palestina (OLP) renunciou ao combate do povo palestino para afirmar seus direitos nacionais a começar pelo direito ao retorno de todos os refugiados.
Em 1993, numa declaração contra os acordos de Oslo, a Quarta Internacional escrevia: “No momento em que é assinado o acordo entre a OLP e o Estado de Israel anunciando, sem nenhuma dúvida, novos sofrimentos para o povo palestino e para todos os povos da região, fica muito claro que o caminho da paz não difere do caminho da democracia, quer dizer, do direito de todos os povos a ser e a viver livre em suas terras, a começar pelo direito do povo palestino ao retorno e à independência nacional; esta é o único caminho realista”.
Hoje, mais do que nunca, a paz no Oriente Próximo é o direito ao retorno para todos os palestinos: “Um só Estado laico e democrático constituído num quadro de igualdade de suas componentes árabe e judia, sobre todo o território da Palestina”.
Vinte anos depois os fatos deram seu veredicto. As violências e as guerras contra o povo palestino não pararam de se multiplicar. O pretenso “estado” palestino não passa de uma miragem. A realidade é que pretendem desagregar o povo palestino, seja encerrando-o na Faixa de Gaza, submetido ao Hamas, seja encerrando-o na Cisjordânia, submetido à Autoridade Palestina, seja encerrando-o nos campos da Jordânia, do Líbano, da Síria e diversos outros países.
Mas a realidade também é a afirmação da unidade de todas as componentes do povo palestino que exige seus direitos nacionais e, através deles, que reafirma a existência de uma nação palestina. E, na primeira fila dessas reivindicações democráticas palestinas está a reivindicação do direito ao retorno dos refugiados e da reconstrução das cidades destruídas pela Nakba.
[1] 1948: ano em que a ONU votou a resolução que criou o Estado de Israel sobre terras das quais haviam sido previamente expulsos os palestinos pelo terror sionista.
[2] Acordos negociados na cidade de Oslo (capital da Noruega) e que foram assinados em 13 de setembro de 1993, em Washington, dando origem à Autoridade Nacional Palestina (ANP) e o reconhecimento do Estado de Israel pela Organização da Libertação da Palestina (OLP)
[3] Levante iniciado em setembro de 2000
[4] Grupo ligado à Irmandade Muçulmana, do Egito, que, em 2006, venceu as eleições nos territórios ocupados e que, hoje, controla a Faixa de Gaza
[5] Al-Fatah – Movimento de Libertação Nacional da Palestina, fundado por Yasser Arafat, maioria da OLP e que, hoje, preside a chamada Autoridade Palestina, na Cisjordânia.
[6] Territórios de 1967 – áreas ocupadas por Israel durante a chamada Guerra dos seis dias, em 1967.
[7] Nakba – Catástrofe, em árabe, palavra utilizada para designar os ataques, massacres e expulsão de centenas de milhares de palestinos de suas terras, moradias, de suas vilas e cidades por sionistas armados, inclusive por Stalin, no período seguinte à criação do Estado de Israel pela ONU.
[8] OAS – Organização Armada Secreta, formada por franceses que exerciam uma feroz violência para tentar manter a “Argélia para os franceses” e impedir sua independência.
[9] A região do Magreb (poente em português) é formada pelo Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Mauritânia.