Concluída no último dia 5 em São Luiz (MA), num grande ato em praça pública, com a simbólica homenagem a Manoel da Conceição, presente no palanque, fundador do PT e histórico opositor da aliança com Sarney, a caravana de Lula pelo nordeste brasileiro foi um retumbante sucesso.
O mesmo entusiasmo e participação foram vistos em Curitiba, no último dia 13, quando do depoimento de Lula. O “Fora Temer”, “Eleição sem Lula é fraude” estava nas faixas, cartazes e palavras-de-ordem, simbolizando o anseio da maioria que se agrupa ao redor de Lula.
A extraordinária participação popular, as homenagens a Lula, assim como as inúmeras reivindicações a ele dirigidas pelas organizações populares durante a caravana, são uma inequívoca indicação de que o povo já tomou uma decisão: para recuperar os direitos perdidos, para fazer as reformas que interessam ao povo trabalhador, a saída é Lula Presidente, o quanto antes melhor. E, para que isso realmente aconteça, o 6º Congresso do PT apontou uma perspectiva: para reverter o assalto à nação, para avançar nas mudanças estruturais no país secularmente subjugado pelo imperialismo, é preciso reformar as atuais instituições apodrecidas. É preciso, diz o 6º Congresso, uma Assembleia Constituinte Soberana, e isso só um governo encabeçado pelo PT, com Lula Presidente, é quem pode promover. Não há outra alternativa palpável
Não é por outra razão que a burguesia aprofunda os ataques a Lula e ao PT. O expediente de se valer das falsificações de Palocci claramente manipulado pelo braço golpista do judiciário, mostram onde está disposta a chegar para bloquear a candidatura de Lula à presidência.
Enquanto isso, as famílias trabalhadores, que sofrem com a degradação das condições de vida, assistem atônitas a verdadeira guerra de quadrilhas que se instalou no governo, e que envolve todas as instituições. Em meio à crise, a única coisa que unifica os golpistas é a disposição de avançar nas reformas que atacam direitos e dar de bandeja aos especuladores o que nos resta de empresas públicas e das riquezas, além de avançar nos cortes do orçamento que estão inviabilizando as parcas políticas sociais da União, dos Estados e Municípios. Sua sanha não tem limites.
Aos trabalhadores, não resta outra saída a não ser lutar. E para isso tem todo seu lugar uma das principais decisões do plano de lutas do Congresso Extraordinário da CUT: coletar adesões ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP), pela revogação da reforma trabalhista, importante ferramenta que permite ir às fábricas, visitar locais de trabalho, explicar e mobilizar na luta pela manutenção dos direitos.
Em meio a tudo, nas próximas três semanas, os militantes de O Trabalho, com os demais companheiros do Diálogo e Ação Petista estarão concluindo a eleição dos delegados ao 7º Encontro Nacional do Diálogo e Ação Petista/Reconstrução (ENDAP). E não por coincidência, foram os estados do Nordeste que, no processo de preparação da participação na Caravana de Lula, saíram na frente, já tendo eleito boa parte de seus delegados ao Encontro Nacional.
A hora é de agrupar e lutar! É para o que o Encontro Nacional se propõe, apoiando-se nas resoluções do 6º Congresso do PT que urge serem colocadas em prática.