Em ato com cerca de sete mil pessoas, em seguida ao seu segundo depoimento a Sérgio Moro, Lula garantiu que não vai desistir: “Se eles têm medo que eu seja candidato, que tenham. Não vou desistir, vou lutar até o fim e nós vamos consertar esse país”.
Além da candidatura, Lula reafirmou compromissos com a grande maioria da população: “Eu cometi um erro imperdoável para a elite brasileira”, disse, citando os programas de seu governo que beneficiaram os mais pobres.
O presidente da CUT, Wagner Freitas, fez com que fosse aclamada a palavra de ordem “Eleição sem Lula é fraude”. O ato em Curitiba vem na sequência da caravana de Lula pelo Nordeste e mostrou a mesma disposição dos trabalhadores de lutar por seus direitos.
Participaram a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, diversos parlamentares petistas, o senador Roberto Requião e lideranças sindicais e populares.
Quando Lula começou a falar, um helicóptero passou a rondar barulhentamente o ato (quem paga?), projetando uma mensagem em apoio à Lava Jato. A multidão respondeu em coro: “Brasil urgente, Lula Presidente! ”
A movimentação em torno de Lula começou cedo. Horas antes do depoimento, cerca de mil militantes se concentraram a cem metros da Justiça Federal, onde o ex-presidente seria ouvido por Moro. Militantes do PT, dos sindicatos, do MST formaram um cordão para proteger Lula, ovacionado quando chegou.
Depois, os militantes dirigiram-se à Praça Generoso Marques, onde já havia muita gente.
O depoimento desta vez foi rápido. Moro aferrou-se às velhas acusações, contando agora com a delação do ex-ministro Palocci. Lula negou todas. No ato, Lula disse que depois de anos sem encontrar nenhuma prova contra ele, seus acusadores deveriam ir à televisão pedir desculpas.
Correspondente