No dia 14 de maio, algumas milhares de pessoas realizaram um ato em defesa da UFRJ, ameaçada de encerrar as atividades em função do corte de verbas promovido pelo governo Bolsonaro na educação. Já neste dia 19, professores, técnicos e estudantes realizaram manifestações em defesa das universidades em diversas partes do país reivindicando a recomposição do orçamento.
As manifestações integraram um dia de paralisação convocado pelo ANDES – Sindicato Nacional, onde, além da luta contra o PL 5595, que propõe transformar a educação em atividade essencial, aproveitando a pandemia para tentar restringir o direito de greve, diversas associações de docentes também destacaram a luta contra a reforma administrativa, que ameaça o conjunto dos serviços públicos.
Na Universidade Federal de Santa Catarina os estudantes protagonizaram a luta e arrastaram cerca de 200 manifestantes que fizeram uma marcha nos arredores do campus. Os estudantes entregaram uma carta de reivindicações à reitoria, pautando a necessidade de reverter o corte de bolsas estudantis.
Já em Goiás, o ato colocou no centro a luta contra a reforma administrativa (PEC 32), e marchou da praça universitária até o monumento que homenageia os mortos da guerrilha do Araguaia. Estudantes da moradia universitária também levantaram a bandeira de luta pela recomposição das bolsas e a testagem regular dos moradores.
Na Universidade Federal da Paraíba, também houve uma manifestação que além das pautas gerais já citadas, exigiu a saída do interventor nomeado ilegalmente por Bolsonaro para a reitoria da instituição.
Na Universidade Federal da Bahia uma manifestação reuniu docentes, técnicos e estudantes. A professora Celi Taffarel, que encabeçou a chapa do Renova ANDES (oposição) na ultima eleição também esteve presente.
Também houve manifestação de docentes na Universidade Federal do Recôncavo Baiano, animada pela APUR (associação de docentes). Houve colagem de cartazes em Amargosa, contra a PEC 32.
Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco também foram às ruas em defesa da educação e contra a PEC 32. A manifestação ocorreu na manhã desta quinta feira (20), já que no dia 19 houve colação de grau na universidade.
Em Fortaleza, professores, servidores e estudantes fecharam o cruzamento das Avenidas da Universidade e 13 de maio, local tradicional de manifestações na cidade.
No dia 19 ainda houve outras pequenas manifestações de docentes, como na Universidade Estadual do Mato Grosso, em Cáceres e na Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais.