Bancários garantem conquistas

Os banqueiros, que lucram em qualquer situação, tentaram impor retirada dos direitos durante a campanha salarial dos bancários.

Desde a proposta inicial, a linha dos banqueiros era de reajuste zero, sem reposição da inflação, e a concessão de um simples abono salarial, sem repercussão nas parcelas de 13º salário, férias, verbas da previdência, a não garantia das cláusulas sociais, além da retirada da 13ª cesta alimentação e mudança nas regras da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A proposta foi rejeitada pelos bancários, pois seria uma grande derrota.

Mas mesmo num cenário de extrema dificuldade de mobilização, por conta pandemia da Covid-19, a resistência à essa ofensiva patronal e do governo, se deu com atos nas portas das agências, reuniões e assembleias virtuais, redes sociais, carreatas. Assim foi imposto um recuo aos banqueiros e foi arrancado um acordo que manteve, por dois anos, as principais conquistas do Contrato Coletivo de Trabalho anterior. Foi acertado em 2020 reajuste de 1,5% e abono de R$ 2.000,00 para todos, e para 2021 aumento real de 0,5% para os salários, vale alimentação, vale refeição, auxílio-creche e PLR.

Após o golpe do impeachment no governo Dilma, o usurpador Temer com a reforma trabalhista acabou com a ultratividade dos acordos coletivos de trabalho e isto impõe dificuldades nas negociações, sem a permanência da garantia das conquistas do acordo anterior. Uma vitória parcial importante que dá ânimo para continuar combatendo pelo fim do Governo Bolsonaro, sem o que não se abrirá uma perspectiva de saída para os trabalhadores e a maioria do povo. Na assembleia em Pernambuco, foi aprovado uma moção de solidariedade à greve nacional dos trabalhadores do Correios, e moção em solidariedade ao povo da Venezuela contra as agressões do governo dos EUA com o apoio do governo Bolsonaro.

Antônio Guerra (Tony)

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