Num evento do Credit Suisse (Valor, 28/01), Armínio Fraga, Pérsio Arida e Gustavo Franco, banqueiros e ex-presidentes do Banco Central, disseram o que pensam aos seus pares. É chocante!
“As propostas já enviadas ao Congresso são tímidas em si e certamente serão diluídas se forem aprovadas”, disse Arida, “considerando o ímpeto inicial do governo e legitimidade que as reformas têm perante o Congresso, [os resultados] são de uma timidez surpreendente”. Por exemplo, “o governo perdeu a oportunidade de considerar a extinção do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador)”. Ou ainda, “é uma enganação se você contar como privatização a venda de subsidiárias ou de participação de estatais. Nestes casos, é uma reorganização dos ativos estatais, o dinheiro para o caixa da companhia”, disse. Ou seja, ele quer por a mão em tudo!
Segundo Armínio, “o funcionalismo e a Previdência Social, mesmo após a reforma aprovada no ano passado, são os dois canais mais importantes para reduzir o gasto público. Juntos eles representam cerca de 80% da despesa do Estado, contra uma média em torno de 50% a 60% de outros países. O Brasil precisa mexer nessas contas. Estamos falando de muito dinheiro”, afirmando que são mudanças a prazo.
Mais “otimista”, Gustavo Franco considera “os dois lados do casamento (Guedes e Bolsonaro) estão funcionando, tem um pouco de instabilidade, não é amor sincero, mas funciona”.
Essa gente paga a conta da boa parte dos parlamentares, que alguns enxergam como “centro”. Seu programa econômico é de extermínio. Afinal, eles são o capital financeiro que manda, apoiaram o golpe do impeachment, estão aí com Guedes e outros, e para eles Bolsonaro “funciona”.
A luta é contra todos eles!