Campanha salarial dos Federais: Combater as armadilhas da CONLUTAS

De novo as entidades dos servidores públicos federais estão se mobilizando para a campanha salarial, depois da grande luta que no ano passado possibilitou arrancar reajustes, ainda que abaixo das necessidades, do governo Dilma (os 15% divididos em 3 parcelas anuais e outras questões específicas de setores do funcionalimo).

Ninguém pode ser contra a unidade de ação entre entidades cutistas e outras sobre a base de reivindicações concretas, para isso deveria servir o Foro de entidades do funcionalismo federal. Ocorre que, por pressão da Conlutas, se tenta utilizar a mobilização dos federais para convocar para Brasília em 23 de abril de uma “marcha da classe trabalhadora” que teria no centro combater o ACE (proposta do sindicato dos metalúrgicos do ABC de Acordo Coletivo Especial) e também uma campanha pela “anulação da reforma da Previdência de 2003” com o argumento de que o STF “provou a existência do mensalão”.

O que preocupa é que entidades filiadas à CUT, como a Condsef, se integrem nesta manobra como vem ocorrendo a partir da maioria de sua direção ligada ao chamado “grupo dos independentes”.

A reunião da Executiva nacional da CUT de dezembro de 2012 adotou uma resolução que condena claramente “a tentativa reiterada de fazer com que o negociado prevaleça sobre a Lei”, o que significa recusar a proposta do ACE que está baseada nisso! Qual o sentido de chamar uma “marcha” em abril, então, “contra o ACE”, a quem se dirige e com que objetivo? Qual o sentido de apoiar a decisão do STF que condenou sem provas e num julgamento de excessão, ex-dirigentes do PT, para pedir a nulidade da reforma da Previdência?

Fica claro que o objetivo é a pura e simples denúncia do PT e por tabela da CUT, e não a preocupação em organizar a luta unitária dos trabalhadores pelas suas reivindicações, inclusive pela revogação das contra-reformas da Previdência, não só de 2003, mas também a de FHC em 1998.

Por isso é preciso que as entidades cutistas dos servidores federais joguem todo seu peso na participação da Marcha de 6 de março convocada pela CUT e outras centrais, levantando no seu bojo as reivindicações dos servidores, e se recusem a endossar a armadilha da marcha de abril operada pela Conlutas

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