Desde junho de 2017, o golpista Temer dobrou a tributação dos combustíveis, cerca de 100% no PIS/Confins, e a Petrobrás adotou uma política privatista de reajuste dos combustíveis em prol dos acionistas – eles seguem a variação do dólar e do petróleo no mercado mundial – e ficaram quase diários. O diesel, a gasolina, o gás de cozinha – vital para a família trabalhadora – e os demais derivados, tiveram aumento de cerca de 20% nas refinarias, mas nos postos a alta chega a 50%.
O movimento com concentrações e bloqueios em estradas e greves tem a simpatia popular, contra o odiado governo.
Mas além de caminhoneiros autônomos, o movimento heterogêneo também integra empresários de transporte (em locaute). São várias as entidades que “negociam”. A mídia lhe dá um apoio incomum. Estranhamente, se anuncia o desabastecimento em prazo recorde, comparando a episódios anteriores. Aparecem até pedidos de intervenção militar.
Cautela. Cambaleante, o governo Temer e a Petrobras ainda não tem uma solução, a Câmara e o Senado se interpõem.
Nos próximos dias, pode-se chegar a um acordo provisório.
Uma solução duradoura para o diesel e para a economia em geral, motivo de várias lutas hoje em curso, passa pelo fim deste governo com eleições democráticas e Lula Presidente.
(Nota da edição 828 do jornal O Trabalho, fechada na tarde de 24/05.)