Cresce luta contra privatização da Sabesp

Comitês e abaixo-assinado ampliam defesa da empresa de saneamento paulista

Segue em curso a mobilização para impedir que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) seja vendida pelo governador bolsonarista, Tarcísio de Freitas. O controle acionário da empresa, fundada há 50 anos, corre o risco de ser entregue na mão de especuladores.

A Sabesp é a maior empresa de saneamento e água das Américas e a terceira maior no mundo, atendendo cerca de 30 milhões de pessoas, em 375 municípios do estado.

Vender a Sabesp é entregar um dos maiores patrimônios construídos pela população de São Paulo. É colocar em risco a saúde de milhões. É colocar em risco o acesso a direitos fundamentais como água tratada e saneamento. Por isso é tão importante o mote que afirma: “se privatizar, a conta vai aumentar”.

Mesmo ainda insuficiente, a resistência tem se ampliado com ações do sindicato dos trabalhadores da Sabesp, de entidades, parlamentares e trabalhadores. É necessário criar uma força que seja capaz de impedir o desastre que será a privatização da empresa.

Sindicatos, movimentos sociais e lideranças tem feito panfletagens e atos nas ruas, feiras e locais de concentração da população para abrir o diálogo, explicar e mobilizar. Em algumas cidades, estão acontecendo audiências públicas nas Câmaras Municipais. Na capital, a proposta é realizar essas Audiências Públicas nas periferias, onde mora a maioria da população trabalhadora, que será a mais prejudicada.

Na Brasilândia, bairro da zona norte da cidade de São Paulo, essa experiência se mostrou muito positiva. Proposta pelo recém-criado Comitê Brasilândia contra a Privatização da Sabesp e dirigida pelo deputado Emidio de Souza (PT), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Sabesp na Assembleia Legislativa do Estado, e pelos deputados estaduais Luiz Fernando (PT) e Monica Sanches (PSOL), a audiência contou também com a presença do vereador Hélio Rodrigues (PT) e do representante dos trabalhadores no Conselho de administração da Sabesp, Ronaldo Coppa.

Aproximadamente 80 pessoas compareceram numa Igreja do bairro; foram representantes de diversos partidos, dos Sindicatos dos Trabalhadores da Sabesp, Sindicato dos Engenheiros, Instituto Ondas, mandatos parlamentares, associações de bairro e a população, mostrando a força e apelo popular que tem a campanha.

Na ocasião, foi lançado e apoiado pelos presentes um abaixo-assinado dirigido ao governador e aos deputados de São Paulo, exigindo que a Sabesp continue sob controle público e estatal. O documento já está circulando e tem ganhado apoio da população.

Outros bairros estão construindo comitês. Uma proposta surgida no movimento é a de centralizar o abaixo-assinado e a campanha num Comitê Municipal, que possa organizar as atividades e a mobilização na capital paulista. Vai ter luta!

Lili de Souza

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