A extraordinária vitória do povo no dia 30 de outubro abre uma nova situação no país.
Lula foi eleito presidente contra todas as práticas ilegais cometidas – que devem ser punidas – para tentar dar mais um mandato a este arruaceiro e facínora que habitou o Palácio do Planalto nos últimos quatro anos, e depois de seis anos de uma ofensiva brutal contra os trabalhadores. É um fato histórico.
Venceu o povo trabalhador que ganhou e vai querer levar.
Primeiro na luta contra estes bolsonaristas, patrocinados por empresários, que se manifestam em cidades brasileiras. Com o beneplácito do derrotado e até das Forças Armadas, que negam reconhecer a vitória de Lula, respondemos: respeito ao voto popular!
Segundo, com sinais do mercado (a bolsa cai, o dólar sobe a cada fala de Lula que dialogue com os anseios dos que o elegeram) que tenta pressionar para, sem Bolsonaro, prosseguir a política que beneficiou estes parasitas. Ao mercado respondemos: respeito à vontade popular!
O mercado está nervoso? Pois bem senhores parasitas, o povo trabalhador está ainda mais, porque quer viver com dignidade.
Sim ao aumento do valor do Bolsa Família. Sim ao aumento real do salário mínimo. Sim ao piso nacional para a enfermagem e recuperação da Farmácia Popular! São algumas medidas emergenciais para começar a recuperar tudo que foi roubado para beneficiar os especuladores e parlamentares que se locupletam com dinheiro público.
Não vai ser uma batalha fácil fazer valer a vontade que se expressou nas urnas. Vamos entrar em área de turbulência, mas para sair dela, não é apertar os cintos, é reforçar a luta. Para enfrentar um bolsonarismo mais organizado, um novo Congresso eleito, o mais reacionário, um Estado que foi bolsonarizado (vide a Polícia Rodoviária Federal)… Mas para esta batalha contamos com a força do povo que elegeu Lula de novo. É com ela que poderemos contar. E não com os que participaram deste banquete macabro dos últimos seis anos.
Para acabar com isso é que o povo trabalhador votou em Lula, no PT. Ademais das medidas emergenciais que devem estar contempladas no Orçamento de 2023, com a posse de Lula em 1º de janeiro, o povo espera mais.
O povo espera aquelas reformas profundas, secularmente negadas pelas classes dominantes que comandam as instituições deste país. O trabalhador do campo, por exemplo, espera a reforma agrária que enquanto não vêm reforça a violência, a destruição da natureza e a fome. Os trabalhadores urbanos que querem ter de volta os direitos surrupiados com as contrarreformas trabalhista e da Previdência.
Não vai ser mole não, porque as classes dominantes não vão querer “largar o osso”. Por isso é preciso começar, desde já, a organizar a força capaz para reconstruir e transformar este país secularmente dominado por interesses imperialistas, opostos aos interesses do povo.
E organizar já começa por darmos à posse em 1º de janeiro o conteúdo que teve esta extraordinária vitória.
Durante as greves da década de 1970 no ABC Paulista, Lula falou “jamais duvidem da capacidade de luta da classe trabalhadora”. Não duvidamos e é com ela que queremos estar para que a vitória de 30 de outubro seja realmente um “novo amanhã”, como discursou Lula na Paulista depois de proclamado os resultados.
Em 1º de janeiro vamos a Brasília! Como cantou nossa grande Gal, o Brasil vai mostrar sua cara e o povo trabalhador, estará atento e forte! Viva a vitória de 30 de outubro, força à luta que temos pela frente!