O movimento sindical está chamando uma jornada de mobilização com paralisações para 10 de agosto.
Acordado entre a CUT, CSB, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT numa plenária em 6 de junho, o “Dia do Basta!” deve ser marcado por paralisações, ainda que parciais, nos locais de trabalho desde a manhã, com manifestações à tarde nas capitais e principais centros urbanos.
Ao longo deste mês de julho a CUT realiza plenárias interestaduais para preparar a mobilização de 10 de agosto, ocasião em que será apresentada a Plataforma da central para as eleições de outubro, cujo primeiro ponto é reafirmar o direito de Lula ser candidato. As plenárias também devem discutir o envio de delegações sindicais a Brasília em 15 de agosto, data da inscrição da candidatura de Lula a presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ir às bases sindicais
Assim, os dirigentes sindicais estão chamados a ir às suas bases para preparar o 10 de agosto, realizar assembleias que decidam qual será a participação da categoria na mobilização geral e levantar as reivindicações próprias de cada setor para engrossar o caldo.
“Basta de desemprego; Basta de aumentos da gasolina e gás; Basta de ataques aos direitos dos trabalhadores; Basta de privatizações” são os eixos gerais da mobilização, aos quais a CNTE (trabalhadores em Educação), por exemplo, já incorporou a defesa do Ensino Público e gratuito diante do corte de verbas que o congelamento por 20 anos dos investimentos públicos provoca (EC 95).
Já os petroleiros da FUP anunciam uma greve de 24 horas em 10 de agosto, como parte de sua campanha em defesa de uma Petrobras 100% estatal e por outra política de preços do petróleo e derivados (estopim para o movimento dos caminhoneiros de maio).
Para a CUT, a exigência de eleições livres e democráticas, com a participação de Lula, é um elemento central para a mobilização de 10 de agosto, pois é o que indica a saída política para a profunda crise econômica, social e política em que os golpistas mergulharam a nação. É hora da mais ampla mobilização!
Julio Turra