É o caminho das mudanças que o povo espera do PT

A foto (publicada nesta página do jornal – nota do editor) é o Brasil, um país desigual, que sedia a Copa de Futebol de um mundo desigual, organizada por empresa corrupta e autoritária, a FIFA.

Não foram os governos de Lula e de Dilma que criaram a desigualdade, mas o PT foi fundado e Dilma eleita para combatê-la. Entre outras razões, as greves se multiplicaram nas últimas semanas porque a exploração está muito longe de ter sido resolvida.

Por que a Copa da FIFA deveria ser uma prioridade no país?

Há sete anos se prepara a Copa. A Matriz de Responsabilidades, na versão 2010, previa gastos gerais de R$ 23,5 bilhões para 93 projetos originais. Mas as despesas acabaram em R$ 26 bilhões para apenas 81 dos projetos. E pelo menos R$ 1,4 bilhão é o custo para o Tesouro Nacional só até 2015 apenas em isenções fiscais e subsídios creditícios (o valor financiado é muito maior), segundo o jornal Valor (10.6.14).

Legado da Copa?

A “renda da Copa”, diz Jerôme Valcke, secretário da FIFA, “supera todas expectativas, chega a R$ 10 bilhões” ao preço de contratos temporários e trabalho precário, remoções forçadas e imposições da FIFA sobre a soberania nacional.

Por que então a surpresa com a queda da popularidade do desgastado evento? Joseph Blatter, presidente da FIFA, patético, pede apoio ao povo brasileiro. Seu vice, Jim Boyce, é mais claro: “O alvo das manifestações não pode ser a FIFA. Ela não é responsável. Quem deve ser alvo dos protestos é o governo” ( jornal O Estado de São Paulo também conhecido como OESP e Estadão; 06.06.14).

Muy amigo! Só mesmo o ministro Aldo Rebelo (PCdoB) para segui-los e cortejá-los em toda parte.

A ONG Anistia Internacional, apoiada na mídia, fez campanha para entregar ao Planalto 87 mil assinaturas contra o “abuso das polícias”, diz seu coordenador: “A proposta do documento é focar no governo federal”. Até o jornalista do Estadão nota que a ONG não cita governadores ou secretários estaduais de segurança que “têm defendido suas polícias, e são os superiores dos comandantes das tropas” ( jornal OESP 06.06.14).

Mas nem a Anistia nem o Estadão querem a desmilitarização das polícias, único meio de acabar com os “abusos”. Muito menos denunciam a criminalização dos movimentos, como na brutalidade do governador Alckmin e do Judiciário paulista – o PSDB aberto e o enrustido – contra o direito de greve dos metroviários. Nem a Anistia nem o Estadão querem tocar nas instituições!

Nas últimas semanas cresceu uma onda de greves, caiu a aprovação do governo federal nas pesquisas e subiu novamente o número dos que declaram que não têm candidato: são 30% a 4 meses das eleições, segundo o Datafolha, um recorde desde a volta das eleições diretas em 1989.

A insatisfação se mostra e tem razão de ser. Pelo menos, desde junho passado está claro que o superávit primário esmaga os serviços públicos. As greves neste setor são, cada vez mais, a única forma de conquista. Mas a presidente da República, pré-candidata a reeleição, tem a alternativa de lançar- se contra a desigualdade no campo e na cidade. Lançar-se a reformar o Estado de cabo a rabo que, já se sabe, ela sabe, passa pela reforma política.

Ainda é tempo!

Dilma tem que assumir o Plebiscito Popular da Constituinte para abrir caminho às aspirações populares mais profundas e deixar a cúpula do PMDB, que não quer mudar nada, chafurdando na própria lama.

A corrente O Trabalho, fiel à plataforma da fundação do PT, acaba de realizar o seu 31º Encontro Nacional. O Trabalho decidiu engajar-se no apoio à formação de pelo menos 68 grupos de base do Diálogo e Ação Petista em diferentes pontos do país nas próximas semanas. Para avançar no combate pelo êxito do Plebiscito Popular, e no apoio aos candidatos do PT comprometidos com o voto Dilma pela convocação de uma Constituinte.

É o caminho para as mudanças que o povo espera do PT.

Junte-se a nós!

Artigos relacionados

Últimas

Mais lidas