Em meio a crise na Espanha, a exigência do fim da monarquia

Mais de 100 mortos por dia em função da epidemia fora de controle e com o sistema de saúde em colapso por causa de cortes e privatizações nos últimos 10 anos por todos os governos.

O atual governo (Pedro Sanches, PSOE) decretou Estado de alarme em 14 de março, e no dia 17 decidiu injetar 200 bilhões para “ajudar” as empresas, sem exigir proibição das demissões.

Nesta situação catastrófica um novo escândalo afeta a monarquia e a família real. Foi denunciada a existência de fundos obscuros de uma sociedade offshore criada pelo pai do Rei Juan Carlos I, fundos depositados em bancos suíços num total de milhões de euros.

O atual Rei, Filipe VI, publicou um comunicado em 15 de março, “renunciando” à herança do pai e o denunciando.

A incredibilidade tomou conta da massa trabalhadora da Espanha e da maioria do povo.

Diferentes organizações, republicanas, defensores dos direitos dos povos, militantes operários, sindicalistas e até o PSOE, convocaram no dia 18 um panelaço às 12 e as 21 horas.

O panelaço se soma aos aplausos, que todos os dias às 20 horas se realiza nas sacadas do país em apoio à saúde pública e a seus trabalhadores.

Os gritos de Fora o Bourbon (dinastia espanhola), ressoou por todas as cidades e povos.

No momento em que a resistência entre os trabalhadores, assalariados e autônomos, cobrem toda a geografia, o rechaço ao regime anuncia mobilizações impetuosas que estabeleçam a relação entre a defesa do emprego, do salário, as pensões, as liberdades (cerceadas pelo estado de alarme) e a exigência de acabar com a monarquia.

Correspondente

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